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Notícias | Região Política

Conheça Gabriel Corrêa, um dos marqueteiros da campanha de Leite

Natural de Novo Hamburgo, profissional integrou seleto grupo de pouco mais de cinco membros, capitaneados pelo marqueteiro Fábio Bernardi, que pensou todos os passos do tucano

Por Fábio radke
Publicado em: 13.11.2018 às 11:06

Foto por: Fábio Radke/GES-Especial
Descrição da foto: Corrêa: marqueteiro atuou na equipe vencedora do tucano
Gabriel Corrêa, 48 anos, especialista em marketing político, fez parte da equipe responsável pela campanha do candidato eleito ao governo do Estado, Eduardo Leite (PSDB). Natural de Novo Hamburgo, o profissional integrou o seleto grupo de pouco mais de cinco membros, capitaneados pelo marqueteiro Fábio Bernardi, que pensou todos os passos do tucano. Ele revela um pouco dos bastidores da eleição encerrada no dia 28 de outubro, com a vitória do ex-prefeito de Pelotas.

Com o currículo de ter ajudado a eleger figuras da política regional, como o falecido ex-prefeito Jair Foscarini (MDB) em duas oportunidades, Manuela D'Ávila (PCdoB) em 2006 e o próprio José Ivo Sartori (MDB) em sua reeleição para a Prefeitura de Caxias do Sul no ano de 2008, Corrêa não cansa de tecer elogios à figura do novo governador, que toma posse em 1º de janeiro.

"O Leite tem a capacidade de fazer a diferença, de convívio fácil, é muito educado, inteligente e disciplinado. Elaboramos o único slogan coletivo. A partir da análise de dados, chegamos ao Vamos Rio Grande", declarou, revelando, ainda, que posicionamentos eram gerados e atacados em exercícios durante as reuniões diárias ao longo de 15 dias.

Três momentos

O marqueteiro político hamburguense enumera três momentos importantes da campanha de Eduardo Leite ao governo do Estado. A opinião do então pré-candidato e presidente do PSDB no Estado quanto ao plebiscito sobre privatizações na Assembleia, a denúncia de fraudes em exames pré-câncer em Pelotas e o posicionamento quanto ao apoio do presidenciável Jair Bolsonaro. "Quanto à denúncia, ele próprio foi a Pelotas, onde, na companhia da prefeita, estimulou a abertura de uma CPI para investigação do caso", explicou Gabriel Corrêa.

Definição do apoio no segundo turno

O marqueteiro afirma, ainda, que a forma como o tucano se posicionou na definição de apoio ao candidato Bolsonaro ajudou a manter uma posição de centro que ia se moldando no caminho da campanha. "Abriu o voto com restrições, mantendo o posicionamento de centro sem deixar de falar com os dois lados. Inclusive com a esquerda, que ficou órfã no segundo turno. Sartori apoiou incondicionalmente, adotando inclusive o Sartonaro", lembrou. 

Outro detalhe referente às eleições é o uso de pesquisas trecking. "Um método onde dividimos o Estado em cinco grandes regiões com a realização de pesquisas todos os dias. Virou uma onda com muitos dados", revelou. E mesmo com pesquisas com números e boca de urna favoráveis, o especialista Corrêa revelou que, em nenhum momento, acreditou que a eleição já estava ganha. "Eu me lembro de estar indo a Porto Alegre, ouvindo as primeiras atualizações, onde o adversário estava na frente. Pensei que a única forma de derrota seria a partir das fake news", disse lamentando que a Internet, nessas eleições, acabou sendo uma terra sem lei.

Derrota em Novo Hamburgo

Questionado sobre a derrota de Leite em Novo Hamburgo, de gestão da prefeita tucana Fatima Daudt e cidade do deputado eleito Lucas Redecker, o marqueteiro atribuiu o insucesso à tradição do MDB no Município. "Em muitos mandatos, prefeitos do partido estiveram à frente da gestão. O MDB tem uma militância muito maior e com lideranças em quase todos os redutos", entende Corrêa. Sartori conquistou, no segundo turno, 78.381 (61,33%) dos votos dos eleitores hamburguenses, enquanto Leite alcançou 49.425 (38,67%). Uma diferença de 28.956 votos a favor do emedebista. Corrêa revela que agora quer dedicar mais atenção à família, em especial à filha caçula de seis meses. Ele ainda é pai de uma jovem de 20 anos e padrasto de uma menina de 10 anos.

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