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Notícias | Região Polícia já tem suspeito

Maníaco volta a atacar às margens da BR-116, em Novo Hamburgo

Homem também tentou estuprar uma menina de 9 anos

Por Carolina Zeni
Publicado em: 14.11.2018 às 08:59

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Uma tentativa de estupro de uma menina de 9 anos, no final da tarde da quarta-feira passada (7), às margens da BR-116, no bairro Rincão, em Novo Hamburgo, fez com que a Polícia intensificasse o alerta para um maníaco sexual à solta no Vale do Sinos. Há menos de um mês, uma secretária de 20 anos foi estuprada durante assalto também às margens da rodovia, só que no bairro Primavera.

A Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) já tem um suspeito. Ele tem 33 anos e teve a prisão temporária decretada. Ele foi reconhecido pelas vítimas. A investigação protocolou na última sexta-feira o pedido de prisão preventiva, mas ainda não obteve retorno da Justiça. Ele está foragido. O caso é prioridade na Deam.

A menina caminhava dois passos à frente do pai quando foi puxada pelo braço. Eles iam da Rua 24 de Maio à BR-116, em direção à passarela Thomas Engel, sentido capital-interior. O trecho fica a cerca de um quilômetro do caso do Primavera, mas do outro lado da rodovia.

Conforme relata o pai da vítima, de 33 anos, o agressor veio correndo do meio do mato e não teria visto que ele estava atrás da filha. Ele acabou fugindo. A descrição dele bate com a da vítima estuprada no Primavera - um homem de pele escura, com aparência de índio e idade aproximada de 30 anos.

Atenção

A delegada da Deam, Raquel Peixoto, salienta que tanto jovens como pais de crianças devem ficar sempre atentos. A investigação apurou que o homem tem antecedentes por roubo, furtos e já havia sido preso por estupro, mas ganhou liberdade da Justiça.

Outro caso em Novo Hamburgo

Uma secretária de 20 anos foi vítima de roubo, seguido de estupro, na manhã de sábado, dia 20 de outubro, no bairro Primavera, em Novo Hamburgo. O ataque aconteceu nas proximidades da Passarela
Osvaldo Kaiser, que fica ao lado do Viaduto Ayrton Senna, às 7h30. Ela aguardava ônibus para o trabalho quando foi rendida pelo criminoso. O homem, que tinha um volume em sua cintura, disse à vítima
que estava armado. Depois de roubar o telefone celular e o dinheiro que ela tinha, o bandido obrigou-a a caminhar até a outra margem da BR-116, no ponto onde existem bananeiras, e cometeu o estupro.

“Eu nunca mais vou esquecer”

O pai falou ontem sobre o ataque à filha de nove anos. Ele diz que a criança está traumatizada. “Talvez ela esqueça disso um dia, mas eu nunca mais vou esquecer.”

Como foi o ataque?
Pai - Eu estava voltando da academia com ela, e, logo quando dobramos (na BR-116), um homem saiu correndo de dentro do mato e tentou puxar ela pelo braço. Ele não me viu. Ela andava um pouco à frente, uns dois passos no máximo. Eu já faço isso pra ficar de olho nela. Aquela área ali é muito cheia de mato.

E o que o senhor fez?
Pai - Eu corri pra ajudar ela e segurei o cara pelo braço. Nem lembro direito o que eu disse, mas eu gritava com ele. Tipo: ‘o que tu pensa que tá fazendo, cara? Tira a mão dela. Ele não fez nada.’ Ficou surpreso quando me viu, escapou e saiu correndo. Eu queria ter corrido atrás dele e ter pegado ele, mas não podia deixar ela sozinha ali.

Quanto tempo durou a ação?
Pai - Foi rápido. Segundos. Tanto que logo que aconteceu eu liguei para a Brigada Militar. Eles chegaram a procurar por ali, mas não encontraram ninguém e o cara já havia fugido.

Como ela está?
Pai - Ela não conseguiu dormir por duas noites por conta do trauma. Chorou bastante. No final de semana, fomos (ele e a esposa) para a praia para dar um tempo, para que ela pudesse ficar mais tranquila. Ficamos o tempo todo com ela. Ela não entendeu a gravidade da situação, pois pensa que se ela fosse ‘sequestrada’, ia morrer de fome ou algo do tipo. Ficou muito apavorada. Só essa semana que ela retornou pra aula e, ainda assim, ficou um pouco chorosa.

O que vocês estão fazendo para ajudar ela?
Pai - Conversamos com os professores e coordenadores na escola para saber o que precisamos fazer a partir de agora, para que ela não fique com traumas. Talvez ela esqueça disso um dia, mas eu nunca mais vou esquecer.

Por quê?
Pai - Porque eu poderia ter pegado ele. Penso nisso todos os dias. Eu me sinto incapaz, com uma sensação de insegurança muito grande. Mas nunca que eu iria deixar ela sozinha. Isso destrói uma família e graças a Deus que não aconteceu nada mais sério, mas é destruidor.

Que recado o senhor deixa para outros pais?
Pai - Que aproveitem cada segundo da vida com os filhos e jamais percam eles de vista, por dois segundos que sejam. Esse tempo podia ter mudado a minha vida inteira.

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