Fernando Pires estará no evento solidário Futebol sem Fome

1. Dia 18, você estará no Futebol sem Fome, promoção do Grupo Sinos, 17h30, no Estádio do Vale. O que o motiva a participar?
Me convidaram e eu prontamente aceitei fazer parte deste projeto. Acredito que é de Deus poder realizar ou participar de eventos em que as pessoas ajudam a quem mais precisa. O que nos motiva é ajudar o próximo e influenciar mais pessoas a fazerem o mesmo.

2. Qual recado você deixa para o público da nossa região?
Convido todos a participarem do Futebol sem Fome, no próximo dia 18, no Estádio do Vale. Doem três quilos de alimento não perecível que valem um ingresso e ajudem muita gente que precisa.

3. Há 19 anos você e o Alexandre realizam o Futebol Contra a Fome em Uberlândia. Como tem sido?
É muito bom. Na edição de 2018, arrecadamos 120 toneladas de alimentos com destinação recorde para 160 instituições. Hoje é o evento que mais arrecada alimentos no Brasil.

4. Como a música entrou na sua vida?
Fomos criados no meio da música. Minha mãe era cantora e meu pai, baterista. Eles tinham uma banda de baile e vivíamos nesse meio desde muito cedo. Com certeza, nos influenciou muito a seguirmos a carreira musical.

5. O grupo Só pra Contrariar comemora 30 anos em 2019 e lançou o projeto intitulado O Lado B com as músicas na sua voz. Como é esse trabalho?
Tem pouco mais de um mês que lançamos o projeto O Lado B, resgatando da discografia do grupo aquelas canções que não tinham sido regravadas e que fazem parte da nossa história. Está entre os dez álbuns mais baixados nas plataformas digitais.

6. Como foi a seleção das 11 faixas que compõem O Lado B?
Para esta seleção, nós fizemos uma enquete nas nossas redes sociais em que os fãs nos indicavam as músicas que queriam que estivessem neste álbum comemorativo. Foram eles que escolheram cada uma delas.

7. Você era o baterista da banda e assumiu o vocal com a saída de Alexandre Pires. Como foi essa mudança?
Me tornei vocalista com a saída de Alexandre para outros projetos. É bastante diferente porque o vocalista acaba se tornando referência da banda. Eu já era um pouco por ser irmão do Alexandre Pires, mas à frente do grupo Só pra Contrariar, no vocal, isso se intensificou.

8. Pessoalmente, você sentiu uma mudança também?
Sim, muito. Assumir o posto de vocalista me fez ter mais responsabilidades e me fez crescer muito, tanto como artista quanto como pessoa. Hoje me sinto mais maduro.

9. Aliás, como surgiu o nome da banda Só pra Contrariar?
O nome da banda veio da música do grupo Fundo de Quintal de mesmo nome: Só pra Contrariar.

10. Vocês têm 30 anos de história e seguem sendo um sucesso. Como você vê essa efemeridade em que se tem músicas para apenas uma temporada?
A grande diferença das músicas antigas para as atuais é justamente essa efemeridade. Não são músicas feitas para durar, para fazer parte da história e da cultura musical. São de vida curta. Uma pena essa situação. Vivemos uma entressafra sonora no Brasil. As músicas somem.

11. Questões comerciais influenciam?
Hoje o mercado musical está totalmente comercial. Se analisarmos o conteúdo, as letras da maioria das músicas atuais, elas não teriam condições de tocar anos atrás. Quem não paga o famoso jabá, não toca. E aí se perde muitos bons artistas que ficam escondidos do público.

12. Ao mesmo tempo, vocês são um sucesso com álbum de regravações. A quê você atribui?
As pessoas estão com um saudosismo grande, vivese uma saudade e uma vontade de reviver o que foi bom. Há também uma renovação do público através dos pais que nos ouviam e hoje os filhos nos acompanham.

13. Há algum artista com quem você gostaria de cantar e ainda não teve oportunidade?
Lenny Kravitz (cantor, multi-instrumentista, produtor, arranjador americano).