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Cotidiano Animalescas

Os cuidados com os pets nas festas de fim de ano

Além da atenção em oferecer ambiente acolhedor e que dê segurança para os animais de estimação, bichinhos não podem comer alimentos da época

Por Cristiano Santos
Publicado em: 24.12.2020 às 06:06 Última atualização: 25.12.2020 às 09:01

Tente deixar seu pet se sentindo seguro e confortável para aliviar o estresse causado por sons estridentes Foto: Pixabay
O final de ano é sempre um período de angústia para tutores e seus pets. Isto porque, em razão do barulho de festas e apresentações pirotécnicas, os animais se sentem com medo. Muito embora exista lei que proíba o uso de fogos de artifício com estampido ou estouro, tanto para áreas públicas e privadas, abertas ou fechadas, ainda há rojões e outros e tipos de foguetes comumente utilizados no Natal e ano-novo. Neste cenário, todos os cuidados devem ser tomados para evitar o estresse do amigo de quatro patas.

A professora do curso de Medicina Veterinária da Universidade Feevale Vanessa Feder orienta deixar os animais em um ambiente o mais confortável possível. "A escolha da melhor alternativa terá como base o histórico, raça, idade e condições ambientais de cada animal (casa, apartamento, sítios, casas de praia...). Alguns casos pode se fazer necessário o uso de ansiolíticos para prevenir o desencadeamento de convulsões", conta sobre situações em que o pet tenha maior sensibilidade ao barulho.

A professora explica que há um aumento no número de casos de doenças digestivas causadas pelo desconforto dos bichinhos em razão do barulho, como diarreias que podem iniciar imediatamente e persistir por alguns dias após o pico de ansiedade por síndrome do cólon irritável. Todo cuidado é necessário principalmente com animais que apresentam doenças secundárias ao estresse, como autoflagelação, fugas e até convulsões disparadas pelos picos de ansiedade.

De acordo com a professora, os animais sofrem mais porque possuem o sentido da audição extremamente desenvolvido e captam sons e frequências que o ouvido humano é incapaz de perceber. "Eu costumo dizer que o som dos fogos seria como se nós fossemos obrigados a ficar ouvindo o ruído de unha raspando num quadro negro, porém numa frequência muito mais alta e frequentemente", explica.

Ambiente tranquilo

Independente da raça e porte, a professora Vanessa Feder salienta que é preconizado que os animais se sintam confortáveis e abrigados. "Prendê-los em correntes ou deixá-los sem abrigo em locais abertos dificulta a possibilidade de buscarem abrigo e proteção", ressalta. Especialmente em felinos, Vanessa orienta a buscar abriga-los no cômodo mais tranquilo e escurecido da residência em que vive, com janelas e portas rigorosamente fechadas, livre acesso a água e comida, cama aconchegante e muito cuidado para que não tenha circulação de pessoas naquele local, para evitar a fuga do felino.

"Não é incomum sermos solicitados a prescrever tranquilizantes e sedativos aos pets, mas estes casos são estudados individualmente e mesmo que seja necessária a prescrição, não isenta o tutor de manter o animal em ambiente confinado para minimização de barulhos, luz e o mantenha confortável. Mesmo com uso de medicações, o cão ou gato não pode ficar solto e exige um monitoramento mais criterioso ainda", reforça a professora.

Nada de peru, panetone e arroz à grega aos pets

Vanessa ressalta que não se deve dar nenhum tipo de alimento consumido por humanos aos pets. "O peru, panetone, arroz à grega não devem ser dados para os animais em hipótese alguma, menos ainda os ossos. É muito comum recebermos pacientes com gastroenterite, pós-festa de final de ano, por causa da alteração de flora intestinal", conta. Ela reforça que os pets são intolerantes a temperos, como a cebola, que pode causar intoxicação, e os ossos podem causar gastrite, machucar, obstruir e perfurações na mucosa intestinal.

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