Desde que seu documentário Babenco - Alguém Tem Que Ouvir o Coração e Dizer: Parou foi escolhido para representar o Brasil na disputa pelo Oscar de Melhor Filme Internacional, em 18 de novembro, a atriz e cineasta Bárbara Paz iniciou uma corrida contra o tempo. Era dada a largada de uma campanha de divulgação do longa entre os votantes da Academia de Hollywood, uma corrida curta e cuja disputa normalmente conta com muito dinheiro.
"Até lá, publicaremos mais anúncios na imprensa especializada", explica Bárbara que, com isso, encerra a primeira fase da campanha. "Se o filme figurar na shortlist, iniciamos a segunda fase, que deverá contar com um distribuidor internacional."
Isso significará um tremendo reforço na divulgação, tanto financeiro como de mídia, até 15 de março, quando saem as indicações dos cinco finalistas para o Oscar, cuja cerimônia está marcada para Los Angeles, em 25 de abril.
Mesmo que não alcance esse objetivo, Bárbara Paz já terá conquistado uma vitória fenomenal. Babenco - Alguém Tem Que Ouvir o Coração e Dizer: Parou é um documentário-poema que registra os últimos meses de vida de Hector Babenco, um dos maiores cineastas nacionais, autor de obras como Pixote e O Beijo da Mulher Aranha, entre outros, e que morreu em 2016, aos 70 anos.
Companheira do diretor na vida e na arte, Bárbara começou a fazer os registros quando Babenco rodava Meu Amigo Hindu, seu derradeiro longa, e continuava uma incansável luta contra o câncer. O longa, que destaca o confronto entre a força intelectual e a fragilidade física, estreou mundialmente no Festival de Veneza de 2019 e faturou os prêmios de Melhor Documentário na Mostra Venice Classics e da crítica independente.
Mais praticidade no seu dia a dia: clique aqui para receber gratuitamente notícias diretamente em seu e-mail!