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Sensível ao glúten, mas não celíaco

Conheça detalhes e sintomas da Sensibilidade ao glúten não celíaca (SGNC), condição que afeta cerca de 6% dos brasileiros

Publicado em: 12.02.2021 às 07:21

Sensibilidade ao glúten não celíaca (SGNC) atinge cerca de 6% dos brasileiros Foto: Adobe Stock
Um pedacinho de pão e depois um leve desconforto estomacal. Ou uma enxaqueca insuportável após degustar duas colheres de macarrão com molho. Difícil de diagnosticar e que, portanto, pode trazer prejuízos à qualidade de vida do paciente por um longo tempo, a Sensibilidade ao glúten não celíaca (SGNC) ainda é uma condição pouco conhecida pela população.

Segundo estudo da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais, de 0,5% a 6% da população sofre a SGNC, condição mais comumente observada entre jovens adultos e pessoas de meia-idade.

A prevalência específica na população mundial ainda é desconhecida, mas sabe-se que muitos vivem com o distúrbio sem procurar ajuda médica ou receber um diagnóstico. Isso porque, diferente da doença celíaca e da alergia ao trigo, a SGNC pode não causar reações graves no organismo, embora traga alguns desconfortos e interfira na qualidade de vida do paciente.

Principais sintomas

Sintomas como diarreia intercalada com episódios de prisão de ventre, inchaço e dores abdominais são os mais comuns, mas também podem ocorrer náuseas, dores de cabeça e até mesmo fadiga. Por isso, se esses sinais ocorrerem com frequência, vale buscar ajuda especializada.

“Encontrado no trigo e em outros grãos, como cevada e centeio, o glúten é responsável por dar liga a preparações. No entanto, suas proteínas são de difícil digestão e podem causar reações adversas em algumas pessoas, com sintomas que aparecem logo após a ingestão de glúten e desaparecem com sua retirada da dieta”, explica a nutricionista ortomolecular Claudia Luz, da Via Farma.

Sobre o uso moderado de enzimas digestivas

Com a ajuda de enzimas digestivas, pacientes com SGNC podem consumir certa quantia de glúten, mas sempre respeitando os limites tolerados pelo organismo.

Junto do médico e do nutricionista, o paciente consegue fazer testes e descobrir qual é o seu nível de tolerância, o que permite diminuir ou até mesmo acabar com os desconfortos ligados ao glúten. "É importante reforçar que as enzimas não substituem uma dieta especial e que elas não são indicadas para casos de doença celíaca ou alergia ao trigo", alerta a nutricionista.

As opções mais indicadas são aquelas que contam com uma combinação de enzimas, que agem em conjunto para promover uma digestão mais completa do glúten. "Em farmácias de manipulação, por exemplo, é possível encontrar fórmulas que combinam protease, aspergilopepsina, peptidase DPP IV e triglicerídeos de cadeia média. Diferente das enzimas isoladas, esse blend promove a degradação de proteínas competitivas, como as do ovo, soja e leite, atuando em ampla faixa de pH e trazendo mais eficácia", ressalta Claudia.

Diagnóstico correto

O diagnóstico normalmente é feito por eliminação, já que alguns sintomas da SGNC podem ser confundidos com os da doença celíaca e da alergia ao trigo. "Diferente dessas duas condições, a sensibilidade ao glúten não causa reações imunológicas, por isso, o paciente pode contar com a ajuda de enzimas digestivas, readequando a dieta e estabelecendo níveis seguros de glúten na alimentação", afirma Claudia. Dessa forma, é possível viver livre de desconfortos sem grandes alterações na dieta.


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