A osteonecrose afeta geralmente pacientes jovens, entre 30 e 50 anos, e tem como principais fatores de risco o uso de corticoides e consumo em excesso de álcool.
"Histórico de doenças sanguíneas, uso de antiretrovirais e traumas como a fratura ou luxação do quadril também podem estar relacionados ao desenvolvimento da doença", afirma o médico ortopedista e especialista em cirurgia do quadril e joelho, Thiago Fuchs.
Dor intensa
A osteonecrose é caracterizada pelo infarto ósseo na cabeça femoral, onde ocorre a morte das células ósseas. Isso causa falta de suporte ósseo para a cartilagem articular, gerando sintomas como dor e perda de mobilidade, podendo evoluir para deformidades e artrose do quadril.
A doença pode ser silenciosa em sua fase inicial, mas geralmente o sintoma mais comum é a dor intensa que aparece de forma súbita e sem história de trauma.
"Geralmente é uma dor intensa, com dificuldade de mobilidade e incapacidade funcional do quadril. Alguns pacientes só descobrem a osteonecrose em uma fase mais tardia da doença, quando o quadril já sofreu o colapso da articulação. Nesta fase mais avançada da doença já ocorreu a morte celular, evoluindo com absorção desse osso embaixo da cartilagem e afundamento, com deformação da cabeça do fêmur", explica o cirurgião.
O diagnóstico é feito com uma avaliação clínica completa sobre a história e tipo da dor, exame físico e pesquisa de fatores de risco como uso de corticoides, doenças prévias, ingestão excessiva de álcool, histórias de trauma no quadril e doenças sanguíneas.
Também devem ser solicitados exames de radiografia e ressonância magnética com avaliação dos dois quadris, para estabelecer o estágio da doença e o tratamento. Quando um lado do quadril tem osteonecrose o outro também está em risco.
O tratamento varia de acordo com o estágio da doença e pode ser preservador ou de substituição da articulação. A cirurgia consiste na substituição da articulação do quadril por componentes metálicos, de polietileno ou cerâmica, com o objetivo de restabelecer uma articulação com bom movimento e melhora da dor.
"Pacientes com artroplastia total do quadril tem uma taxa de satisfação acima de 95% com a cirurgia, retomando suas atividades sociais e a prática esportiva", destaca.
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