Para mulheres mais velhas, o isolamento social e a solidão são fatores que aumentam o risco de desenvolverem alguma doença cardiovascular, aponta estudo recém-publicado no período científico Journal of American Medical Association (Jama).
Vale destacar que solidão e o isolamento social não são a mesma coisa. Solidão é sentir-se sozinho mesmo estando em contato regular com outras pessoas. Isolamento social é estar fisicamente longe das pessoas.
"E quando a mulher relatava sentir as duas coisas, era um fator de risco maior ainda, independentemente de outros que a mulher possa ter. Esse é um número muito alto e é importante sabermos que eles, sozinhos, já podem ser considerados fatores de risco cardiovascular", ressalta a cardiologista Juliana Soares, do Hospital Israelita Albert Einstein.
(Agência Einstein)
Segundo a médica, alguns comportamentos que não são benéficos à saúde estão mais associados ao isolamento social e à solidão, entre eles: o aumento do sedentarismo, tabagismo, consumo de bebida alcoólica, dietas menos balanceadas e mais voltadas ao consumo de doces e de produtos industrializados.
Ainda segundo a especialista, o isolamento e a solidão também podem aumentar os casos de depressão e de ansiedade e provocar situações de estresse crônico, que acabam alterando níveis hormonais nas mulheres.
"Com os hormônios desbalanceados, com o cortisol aumentado, o processo de aterosclerose [formação de placas de gordura nos vasos sanguíneos] fica mais intenso. Esse processo de alterações em cascata aumenta o risco desta mulher sofrer um acidente vascular cerebral (AVC) ou de ter um quadro de infarto", explicou a médica cardiologista.
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