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Doador de órgãos pode deixar sua opção registrada gratuitamente em cartório

Central Estadual de Transplantes será notificada do desejo da pessoa e consistirá em um instrumento citado na entrevista com os familiares

Por Da redação
Publicado em: 12.10.2022 às 06:00

Uma parceria da Secretaria da Saúde (SES) com a Procuradoria de Justiça do Estado e a Associação de Notários e Registradores do Rio Grande do Sul (Anoreg) permitirá que as pessoas registrem, de forma gratuita, nos cartórios do Estado, o seu interesse de ser um Doador Voluntário de Órgãos e Tecidos, caso lhe ocorra morte encefálica. Conforme a SES, a Central Estadual de Transplantes será notificada do desejo da pessoa e consistirá em um instrumento citado na entrevista com os familiares.

doacao de orgaos

 

A enfermeira Magna Birk, coordenadora da Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT) do Hospital Regina, ressalta que é muito importante que as pessoas manifestem o desejo de ser um doador ainda em vida. Magna apenas destaca que, ainda assim, a decisão final continua sendo da família deste potencial doador.

"A doação de órgãos é um gesto profundo de amor. As pessoas precisam manifestar a sua vontade para a família, que é a responsável por autorizar a doação. Esta iniciativa é uma oportunidade de deixar a sua vontade registrada para que a família saiba, mas não altera em nada o processo institucional e legal que temos hoje", destaca.

A coordenadora acrescenta que, "neste delicado contexto, a equipe desta Comissão do Hospital Regina concentra seus esforços em dar suporte técnico assistencial ao processo de diagnóstico da morte encefálica, entrevista com a família, bem como esclarecer dúvidas relacionadas ao processo. Além disso, a rede de apoio especializada atua no acolhimento da família enlutada em cada etapa da ação, com respeito ao ente doador."

Só 71 doadores de janeiro a maio no Estado

De acordo com a Central de Transplantes do Rio Grande do Sul, das 231 notificações de morte encefálica registradas no Estado nos cinco primeiros meses do ano, apenas 71 se tornaram doadores. A negativa familiar aparece como principal causa da não-efetivação da doação.

"Por isso, é fundamental que o assunto seja difundido de forma ampla na sociedade, nos lares, escolas, empresas, ambientes esportivos. Autorizar a doação em muitos casos pode ser um meio pelo qual a perda seja ressignificada", enfatiza a enfermeira.

Na opinião do coordenador da Central Estadual de Transplantes, Rafael Ramon da Rosa, se a pessoa deixar registrado o seu desejo, permite o maior aceite familiar.


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