A aplicação da radioterapia após cirurgia do câncer de mama como prática para reduzir as taxas de recidiva (retorno da doença) e de mortes já é uma realidade. Atualmente, a redução dessas sessões também passa a fazer parte da rotina de tratamento. Trata-se do hipofracionamento, técnica que significa tratamento em menor número de dias, empregando doses mais altas por fração e que se mostram tão seguras quanto os fracionamentos convencionais prolongados.
"Hoje em dia, os tratamentos são completados em programas de 15 aplicações, em média, com similares ou até menos intensos efeitos colaterais, além de maior conveniência ao paciente e família, reduzindo o período total pela metade", explica o médico da Oncoclínicas RS Fernando Obst.
De acordo com o especialista, os tratamentos em 15 sessões, no entanto, não são os mais curtos atualmente. Precipitados pela pandemia, estudos mais recentes, publicados desde 2020 e também de alto impacto científico, asseguram o tratamento radioterápico pós-operatório para câncer de mama em até cinco aplicações, durante uma única semana – chamados ultra hipofracionamentos.
"Protocolos que preveem uma semana são ainda mais convenientes e, em termos de políticas de saúde, permitem mais acesso a pacientes que necessitem de vagas para tratamento do câncer", complementa.
Tanto o hipofracionamento quanto o ultra hipofracionamento já são adotados pela Oncoclínicas RS. Porém, a seleção médica do cronograma e do número de sessões de tratamento depende de uma série de fatores.
Hoje, os hipofracionamentos, em 15 frações em média, são empregados de rotina, internacionalmente, no tratamento adjuvante local pós-operatório e pós-quimioterapia, depois de cirurgia conservadora ou mastectomia, até mesmo quando houver indicação de tratamento de linfonodos - gânglios linfáticos regionais.
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