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Estima-se que a cada quatro mulheres, pelo menos, uma sofre com depressão em função da sobrecarga vivida após o nascimento do bebê. Para a área da saúde pública, esse dado mostra um grau de alerta que não pode ser ignorado.
É justamente para sensibilizar a população a olhar com mais carinho para todas as mães que foi criado o Maio Furta-cor. Trata-se de uma campanha que faz refletir sobre as atitudes simples que podem proporcionar um pouco de alívio diante de tanta sobrecarga que a maternidade gera.
No Hospital Municipal de Novo Hamburgo esse cuidado é feito durante todo o ano e o atendimento é garantido por uma equipe multidisciplinar que auxilia as mães.
Uma das mães atendidas por Viviane é Caroline Pinheiro Silveira, 24 anos, que teve seu bebê prematuro em fevereiro. Ravi nasceu com apenas 740 gramas, de 25 semanas, e está há mais de três meses na UTI Neonatal.
"É uma situação extremamente difícil que só estou conseguindo suportar com o acolhimento que estou tendo da equipe do hospital. Minha única opção é lutar e essa luta ganha forças com o atendimento e carinho que recebo da Viviane", conta ela, que tem uma filha de 5 anos e conta com a ajuda do marido e da avó.
"Considero que o trabalho realizado por toda equipe é fundamental para recuperação de mães e filhos. Não sei quanto tempo ficaremos ainda, mas tenho certeza de que teremos a força necessária dessa equipe que é maravilhosa."
Durante o ano, existe um calendário de cores, com meses dedicados a cuidados com a saúde, e cada mês é representado por uma cor. Outubro Rosa, Novembro Azul, Setembro Amarelo... São muitas as cores e múltiplas as campanhas. Seguindo esta proposta, um tema como a saúde mental materna teve a escolha diferenciada.
O Maio Furta-cor leva esse nome porque simboliza, com a mistura de cores, a variedade de sentimentos e experiências da maternidade. Isso tudo serve para lembrar da necessidade de atenção à saúde mental das mulheres que têm filhos.
Com a maternidade, aumenta a responsabilidade, os desafios e exige uma estrutura muito grande da mulher para se adaptar às mudanças que ocorrem, tanto a nível físico, quanto mental e social.
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