No ano passado, o Estado de São Paulo registrou 62 casos de febre maculosa. Do total, 47 resultaram em morte. O índice de letalidade, de 75%, mostra o quanto a doença é perigosa e fatal. A febre maculosa é transmitida pelo carrapato-estrela.
De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado, até março deste ano foram notificados dois casos e os dois resultaram em óbitos - letalidade de 100%. Os dois casos não incluem os óbitos do piloto Marcelo Costa, de 42 anos, e da dentista Mariana Giordano, de 36, que morreram no dia 8, com sintomas da doença.
A morte de Mariana foi causada pela doença. O Instituto Adolfo Lutz confirmou na segunda-feira (12) que ela morreu por febre maculosa. O óbito de Costa segue em investigação.
A febre maculosa é uma doença transmitida pelo carrapato-estrela, que não é o carrapato comum que se encontra em cachorros, por exemplo. A espécie pode ser encontrada em animais de grande porte, como bois e cavalos, além da capivara. A transmissão ocorre do carrapato infectado para a pessoa, não existindo transmissão de pessoa para a pessoa, como explica o Ministério da Saúde.
A doença é caracterizada pelo conjunto repentino de sintomas, como febre alta e dor no corpo e manchas vermelhas em todo o corpo e também na palma das mãos e na planta dos pés. A doença tem cura desde que antibióticos sejam aplicados nos primeiros dias dos sintomas e o atraso no diagnóstico pode provocar complicações graves.
De 1.216 registros de 2018 até março deste ano no Brasil, 759 foram nos quatro Estados da região Sudeste, liderada por São Paulo, com 386. Já os óbitos somaram 380 no País, sendo 342 no Sudeste e, desses, 219 em municípios paulistas, segundo dados do Ministério da Saúde.
No município, foram registradas duas mortes por febre maculosa este ano. No ano passado, houve sete óbitos na cidade.
Americana, na mesma região, entrou em emergência, em 2018, após registrar 11 mortes por febre maculosa. Reservas e parques onde viviam capivaras chegaram a ser interditados.
Em Jundiaí, onde foi registrado o óbito do piloto Marcelo Costa, não houve registro de casos este ano.
Szabó disse que a infecção simultânea pela febre maculosa, como pode ter acontecido com o casal, não é caso raro. "A bactéria que causa a febre também é lesiva para o carrapato. É comum que muitos carrapatos suguem a mesma capivara e passem a transmitir em conjunto, como pequenas explosões de infecção. Se várias pessoas vão a esse lugar infestado, é provável que mais de uma seja contaminada. Temos casos de famílias inteiras que pegaram a doença."
Segundo o professor, a doença "é tratável com antibióticos específicos".
Com informações da Agência Estado.
Receba notícias diretamente em seu e-mail! Clique aqui e inscreva-se gratuitamente na nossa newsletter.