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Quatro anos da maior conquista do Anilado

Reportagem: Jauri Belmonte

Hoje é 7 de maio. Começo a escrever esse texto justamente às 19h11, numerais que lembram o ano de fundação do Anilado. Já a data lembra o dia da conquista mais importante do Esporte Clube Novo Hamburgo.

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Foi em um domingo do ano de 2017, lá no Estádio Centenário, em Caxias do Sul, que o Noia empatou em 1 a 1 com o Inter nos 90 minutos e, nos pênaltis, conquistou o Gauchão daquele ano. Memorável.

A maravilhosa minoria testemunhou uma das maiores epopeias do futebol. Sim, do futebol. Embora tradicional no cenário gaúcho, comparado aos gigantes da Capital, o Noia é pequeno, mas foi gigante e valente como em muitas ocasiões.

Com orçamento extremamente limitado, sufocado pela força dos grandes devido à proximidade com Porto Alegre, liderou o campeonato de ponta à ponta. Perdeu apenas duas partidas e, nas fases finais, empatou no tempo normal, superando Grêmio e Inter nas penalidades.

A tarde findava e a noite chegava, quando o Noia se sagrou campeão gaúcho. Beto Campos, que conduziu com maestria aquele grupo na casamata, não está mais entre nós. Mas tenho absoluta certeza de que, seja lá onde ele está, ele se arrepia com todos nós que torcemos pelo Novo Hamburgo. Naquele dia, o grito entalado na garganta de qualquer torcedor do Noia eclodiu em todos os cantos do mundo.

Aliás, na campanha magnífica do Novo Hamburgo, há quatro anos atrás, o time do Vale do Sinos não perdeu para a dupla Gre-Nal em seis confrontos ao longo daquele Gauchão.

Privilégio para poucos.

Não entro no mérito da tradição dos dois times de Porto Alegre, que é indiscutível, mas, sim, pela estrutura de ambos e poder de investimento.

Grêmio e Inter jogam o Gauchão com o pé nas costas, com cotas estratosféricas perto dos demais clubes. Encontram dificuldades? Sim. Normal no futebol, afinal dentro de campo são 11 contra 11. Mas tudo isso são fatores que provam e reforçam que o Noia superou seus limites e que a conquista deve ser valorizada.

Noia foi campeão gaúcho em 2017, batendo o Inter nos pênaltis em Caxias do Sul Foto: Adilson Germann/ECNH

Nós, anilados, podemos dizer, inclusive, que o Grêmio poupou titulares contra o Guaraní do Paraguai na Libertadores, para enfrentar o Noia no Estádio do Vale. No futuro, espero estar aqui para contar todos os detalhes aos meus filhos e netos. E sei que outros torcedores, que ainda preservam o carinho pelo clube, farão o mesmo.

O dia 7 de maio será comemorado eternamente, pois o Noia é gigante. Foi necessário o trabalho de muita gente para que o clube chegasse aos seus 110 anos, comemorados há uma semana, com status de ser um dos poucos clubes de futebol do interior do Rio Grande do Sul que conquistou o Gauchão. A taça erguida pelo craque Preto representa uma história de abnegados de várias gerações.

O único campeão do Vale merece respeito, pois como diz o seu hino, “És do Vale do Sinos a estrela que brilha radiante sem par”!

Vamo, Noia!

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