Publicidade
Cotidiano | Entretenimento LANÇAMENTO NETFLIX

Série alemã 1899 é prato cheio para fãs de suspense e fantasia

Dos mesmos criadores de Dark, produção de oito episódios traz a mesma fórmula narrativa usada em sua antecessora

Por Marcelo Kenne Vicente
Publicado em: 28.11.2022 às 17:25 Última atualização: 28.11.2022 às 17:59

A nova série alemã 1899, lançada há poucos dias pela Netflix, chegou com uma enorme expectativa. Dos mesmos criadores da prestigiada Dark – Baran bo Odar e Jantje Friese –, a produção veio com a promessa de uma história repleta de suspense e fantasia, tal como sua antecessora. Dark, também disponível na Netflix, é uma série com três temporadas que trabalha bastante os temas viagem no tempo e multiverso, conseguindo com êxito juntar o quebra-cabeça da trama no episódio final. Por sinal, um dos melhores já feitos.Série 1899, da Netflix


No caso de 1899, a qualidade se mantém, embora explore-se demasiadamente a mesma fórmula narrativa da Dark. Está tudo ali: fotografia, efeitos sonoros, expressões, sonhos, gente acordando assustada etc.

O começo da história tem como cenário o navio Kerberos, que se desloca da Europa aos Estados Unidos, com mais de 1,4 mil pessoas a bordo, entre passageiros e tripulação, alguns cheios de mistérios e traumas pessoais. Enquanto o navio vai em direção ao destino se espalha a notícia do desaparecimento de outra embarcação, o Prometheus, no Oceano Atlântico. Ocorre então um fato que vai mudar a vida de todos: o comando recebe uma mensagem com coordenadas, possivelmente do Prometheus. O capitão resolve alterar a rota e ir atrás do navio perdido, o encontrando parado no mar, completamente escuro e com apenas um menino lá dentro. A criança é levada ao Kerberos e a partir daí mortes, mistérios sobrenaturais, alucinações e motins passam a fazer parte da rotina das pessoas dentro do navio.

Entre os pontos fortes de 1899 estão os personagens. Apesar do temor coletivo causado por um fator externo, cada trauma individual acaba influenciando, de alguma forma, a vida dos outros, mesmo que pessoas sejam de nacionalidades diferentes e muitas nunca tenham se visto antes da viagem.

A fotografia marca o estilo dos criadores, com tons escuros e pouca iluminação o que dá mais ênfase ao suspense. Ao longo dos episódios outros cenários aparecem, oníricos e construídos dentro dos sonhos e alucinações. Tais momentos são vividos, às vezes, por mais de um dos personagens ao mesmo tempo, causando mais confusão e mistério. “Quem está sonhando, então?”, pergunta Maura Henriette (Emily Beecham), uma das protagonistas da série.

Apesar do porém da fórmula repetida, fãs de histórias com fantasias, suspense e sonhos têm boas chances de apreciar e se divertir com 1899.

Suspeita de plágio

Logo após o lançamento da série, foi iniciada uma polêmica sobre 1899, após a acusação de plágio feita pela quadrinista brasileira Mary Cagnin. Ela alega que a série teve vários recursos gráficos copiados da graphic novel Black Silence, lançada por ela em 2016. Os criadores já se posicionaram negando a acusação. Entretanto, se há convicção, Mary tem todo o direito de buscar apoio legal para resolver a situação.

Assista ao trailer


Gostou desta matéria? Compartilhe!
Encontrou erro? Avise a redação.
Publicidade
Matérias relacionadas
Botão de Assistente virtual