Adam Sandler e Jennifer Aniston enfrentam criminosos para desvendar mistério em Paris

Sem spoilers

A parceria entre Adam Sandler e Jennifer Aniston já gerou muitas risadas com os filmes Esposa de Mentirinha (2011) e, anos depois, com Mistério no Mediterrâneo (2019). E no novo longa-metragem da dupla ocorre o mesmo, pois embora o roteiro de Mistério em Paris seja baseado em uma fórmula um tanto batida, consegue entregar momentos de pura diversão ao espectador.

O filme entrou na semana passada no catálogo da Netflix, e desde lá, está no ranking dos mais assistidos, sendo por dias Top 1 no Brasil. É uma continuação da produção de quatro anos atrás, com Sandler e Aniston vivendo o casal Nick e Audrey. Depois de desvendarem um assassinato na trama anterior, resolvem abrir uma agência de detetives particulares, mas não solucionam nenhum caso.

Frustrados com o insucesso na carreira e com o negócio praticamente falido, são convidados para o casamento do amigo indiano e milionário Maharajah (Adeel Akhtar) com a francesa Claudette (Mélanie Laurent), em uma ilha particular. Eles prontamente aceitam, pois é uma oportunidade para tirarem umas boas férias e repensarem seu projeto de vida. Porém, quando o noivo é sequestrado e ocorre um homicídio em plena festa de casamento, Nick e Audrey veem ali uma nova chance para mostrarem seus talentos como detetives.

Então é iniciada a investigação da dupla, em uma espécie de paródia de outras histórias famosas do gênero suspense. Como de praxe, há vários suspeitos, inclusive familiares do sequestrado. E, repetindo o roteiro de 2019 e com o formato de comédia besteirol à la Sandler, Mistério em Paris vai mostrando como o casal investiga e desvenda o caso, pouco a pouco e de forma previsível, sem nenhum método científico, indo mais pela intuição e encontrando pistas quase sem querer.

Apesar do contexto cômico, a jornada não é nada fácil para os protagonistas, que precisam ir a Paris onde enfrentarão criminosos em confrontos de vida ou morte. São interessantes e bem filmadas as sequências de perseguições e lutas – um ganho em relação à produção anterior. Nesse ponto, a comédia vira ação, embora as chacotas não deixem de estar presentes em cada take. Há uma piada e uma morte, outra piada e outra morte e assim segue.

A lógica de Mistério em Paris é que nada pode ser levado a sério. É tudo uma grande brincadeira, uma narrativa despretensiosa na qual a dupla faz piada de si mesmo, tem diálogos sarcásticos típicos de um casal com anos de convivência e presenteia o público com situações engraçadíssimas. Há uma cena, por exemplo, em que uma mala com milhões de dólares vai mudando de mão em mão em segundos, entre explosões, acidentes e mortes. Era para ser dramático, mas é de soltar gargalhadas.

Uma dica: não é necessário ter assistido ao Mistério no Mediterrâneo para entender o Mistério em Paris. Aliás, é feita uma introdução no início do novo filme. Está tudo mastigadinho nesta "sessão da tarde" disponível no streaming. Ao espectador fica a sugestão de não buscar sentido no roteiro. Tudo é um convite para preparar uma pipoca, sentar no sofá e rir à vontade. Depois, pode esquecer.

Assista ao trailer: