Erasmo Carlos, o Tremendão, morre aos 81 anos
Cantor e multi-instrumentalista estava hospitalizado no Rio de Janeiro. Há duas semanas, havia recebido alta após tratar uma síndrome edemigênica
O cantor e compositor Erasmo Carlos morreu, nesta terça-feira (22), aos 81 anos. Conhecido como Tremendão, Erasmo também era multi-instrumentalista e considerado um dos principais nomes da Jovem Guarda no Brasil.Em agosto de 2021, o cantor chegou a ficar internado por oito dias, após ter sido infectado pelo coronavírus. Em outubro deste ano, voltou a ser hospitalizado com quadro de síndrome edemigênica e teve alta no início de novembro, segundo informou a assessoria de imprensa do cantor.
Na manhã desta terça, porém, novamente precisou ser hospitalizado, também no Hospital Barra Do'r, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, onde veio a óbito.
A informação foi confirmada ao Gshow por uma fonte ligada à família do artista.
Trabalho recente
O trabalho mais recente de Erasmo Carlos foi o álbum O Futuro Pertence à... Jovem Guarda. Lançado em fevereiro, o disco traz oito releituras de sucessos da época da Jovem Guarda que ficaram marcados na voz de outros cantores. São elas: Nasci Pra Chorar, O Ritmo da Chuva, Alguém na Multidão, O Tijolinho, Esqueça, A Volta, Devolva-Me e O Bom.
Na última edição do Grammy Latino, no dia 17, ele ganhou na categoria melhor disco de rock de língua portuguesa ou álbum alternativo.
Show em Novo Hamburgo
Erasmo Carlos fez dois shows em Novo Hamburgo, no Teatro Feevale. A primeira apresentação no palco do teatro foi em 2014. Na ocasião, deixou um recado com o desenho de um violão. No livro de registros, ele escreveu: "Fui feliz aqui... Uhuuuuu!!! Erasmo Carlos, 2014 (31/10)".
Ele voltou a se apresentar na casa três anos depois, em novembro de 2017, cinco anos atrás, quando ele foi aplaudido de pé pela plateia, que aguardava o show ansiosa.
"A passagem do Tremendão Erasmo Carlos no Teatro Feevale foi inesquecível! Um show emocionante e de casa lotada!", comentou a coordenadora do Teatro Feevale, Patricia Scossi. "Lembro do coração dele disparado após o show quando fui coletar a assinatura no nosso livro de honra", comentou, fazendo referência à imagem reproduzida acima. "Tivemos a oportunidade de recebê-lo em dois momentos (2014 e 2017)", recorda, acrescentando. "Fica a lembrança e o carinho de lindos momentos vividos aquí e de uma trajetória marcante na música popular brasileira."