Bolsonaro, Michelle e Damares Alves participam de encontro político-religioso neste sábado em Novo Hamburgo
São esperadas ao menos 7 mil pessoas nos pavilhões da Fenac, onde acontece ao longo do dia o Mulheres pela vida e pela família
O presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) faz na manhã deste sábado (3) sua primeira visita a Novo Hamburgo desde que assumiu o cargo, em 2019.
Ele está acompanhado da primeira-dama Michelle Bolsonaro e da ex-ministra e candidata ao Senado pelo Distrito Federal, Damares Alves, no encontro "Mulheres pela vida e pela família". A promoção é da ala feminina do PL e reúne também ministras e pastoras evangélicas.
O evento político-religioso ocorre até o fim da tarde nos pavilhões da Fenac, no bairro Ideal. Segundo a organização, são esperadas 7 mil pessoas. Mulheres ficarão no ambiente principal e homens em uma área anexa, com telão.
A chegada de Bolsonaro estava prevista para entre 9 e 10 horas, mas a entrada na Fenac foi por volta das 11 horas. Desde a madrugada deste sábado o policiamento está reforçado em todo o bairro, onde o movimento é intenso.
De acordo com policiais que estão em frente ao portão principal da Fenac, às 6 horas a fila de acesso ao local passava da estação rodoviária de Novo Hamburgo, que fica na esquina da Fenac, na Avenida Nações Unidas.
Antes mesmo do início do encontro, o público que aguarda a presença de Bolsonaro fazia manifestações políticas e cantava que "nossa bandeira jamais será vermelha". Heloísa Bolsonaro, que é hamburguense e nora de Bolsonaro, também participa do encontro.
O presidente da República e candidato à reeleição está no Rio Grande do Sul desde a manhã desta sexta-feira (2). Ele participou da solenidade de abertura oficial da 45ª Expointer, em Esteio. Durante visita ao Parque Assis Brasil e almoço com ruralistas, Bolsonaro recebeu forte apoio de líderes do agronegócio. À noite ele foi na Arena assistir à partida Grêmio x Vila Nova pela Série B do Brasileirão.
Quatro vezes mais votos que o PT
No primeiro turno da eleição de 2018 o município de Novo Hamburgo deu 87.758 votos a Jair Bolsonaro. O número é quatro vezes maior que os 19.807 votos feitos por Fernando Haddad (PT) no município. No segundo turno daquele ano Bolsonaro teve 100.374 votos e, Haddad, 32.641 em Novo Hamburgo.
Vocês querem ver Bolsonaro, né?
O encontro "Mulheres pela vida e pela família" começou às 9h15, praticamente no horário previsto. Denise Lorenzoni, esposa do deputado federal e candidato ao governo do Rio Grande do Sul Onyx Lorenzoni (PL), foi uma das primeiras a subir ao palco. Ela agitou o público feminino que lota um dos pavilhões da Fenac ao perguntar "vocês querem ver Bolsonaro, né?". Em seguida respondeu: "Vai ser lindo, ele vai ficar muito feliz de ver tanta gente aqui. A mulher gaúcha é forte."
'Chega de confusão, Deus'
Momentos antes de o hino rio-grandense ser entoado, Denise Lorenzoni disse que o encontro não trata-se de um culto, mas puxou uma rápida oração. "Deus, que honra, poder estar aqui. Pai, abençoa nossa casa, nossa caminhada e, mais do que isso, nos ajuda fazer as escolhas certas e buscar as inspirações certas", pediu. "Chega de confusão, Deus!", emendou, pedindo bênção também ao presidente Jair Bolsonaro e à primeira-dama. "Que, em nome de Jesus, nosso presidente possa ser reeleito." Na sequência, o público gritou "eu vim de graça".
Datafolha: Entre mulheres, Lula tem 48% e, Bolsonaro, 29%
Conquistar o voto feminino é, a um mês do primeiro turno da eleição, um dos maiores desafios de Jair Bolsonaro. A pesquisa do Instituto Datafolha divulgada nesta quinta-feira (1º) mostra que o presidente avançou apenas um ponto percentual entre o eleitorado feminino, alcançando 29%. O candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, por sua vez, subiu de 47% para 48%.
No último domingo o presidente protagonizou agressão verbal à jornalista Vera Magalhães durante o primeiro debate entre os candidatos à Presidência, na Band, assim como à senadora Simone Tebet (MDB). A campanha bolsonarista vinha investindo para tentar atrair o votos das mulheres, especialmente as evangélicas, e desde então está ampliando o trabalho, especialmente com a primeira-dama Michelle Bolsonaro.
O Datafolha entrevistou 5.734 eleitores entre os dias 30 de agosto e 1.º de setembro, em 285 municípios. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no protocolo sob o número BR-00433/2022.
É uma missão, diz Heloísa Bolsonaro sobre participação da família na política
A hamburguense Heloísa Bolsonaro, que é casada com o deputado federal Eduardo Bolsonaro, subiu ao palco do encontro "Mulheres pela vida e pela família", que ocorre nesta manhã nos pavilhões da Fenac. Ela confidenciou que vinha evitando participar desse tipo de evento, mas hoje sentiu "paz para estar aqui". Disse que pela primeira vez viajou sem a filha pequena com o deputado.
Em pronunciamento ao público, ela disse que a participação do esposo e do sogro na política "é uma missão". Comentou que, quando namorava com Eduardo Bolsonaro, chegou a sugerir que ele deixasse a política, mas depois entendeu "a missão". Disse ainda que "casamento é submissão". E explicou: "Submissão é estar sob a mesma missão. E por isso escolhi com quem me casei", explicou. "Seja submissa a um homem que é submisso a Deus. Nenhuma mulher é insubmissa e livre. Não existe pessoa insubmissa", disse Heloísa.
Ao falar da maternidade, dizendo que é uma grande incentivadora, ela mostrou um vídeo do nascimento da filha e disse que "o movimento feminista está desvalorizando a figura masculina. Precisamos de homens com testosterona", brincou. Disse que, na casa dela, quem dá a última palavra é o marido. Neste momento exibiu um vídeo de Eduardo Bolsonaro prestando continência e dizendo "sim, senhora".
Chora esquerda, chora capeta, diz Damares Alves
Citando Neemias, ela criticou o que chama de "ideologia de gênero" nas escolas e convocou as igrejas a "lutarem com bravura". Ao público que está na Fenac, quem chamou de "irmãs", pediu que "lutem com bravura por cada menino, cada menina, cada mulher, cada homem, cada família. Não se reconstrói uma nação se não lutarmos com bravura por nossas famílias."
Jair e Michelle Bolsonaro chegam à Fenac para encontro com mulheres
'A perseguição está clara', diz Michelle Bolsonaro em Novo Hamburgo
'Vagabundo é quem dá a canetada', diz Bolsonaro
O presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), voltou a defender neste sábado (3), em evento político-religioso com mulheres na Fenac, em Novo Hamburgo, que "liberdade é mais importante que a nossa vida". Criticou o que chamou de "devassa na vida de empresários", em alusão à investigação do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre grupo de empresários que defendia, em grupo de WhatsApp, um golpe no País caso Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seja eleito em outubro.
"Estavam discutindo um assunto qualquer", disse Bolsonaro, defendendo que, em um grupo, "qualquer um pode falar o que quiser" e "ninguém pode ficar atrás da árvore ouvindo". "Mais vagabundo que esse que estava ouvindo a conversa é quem dá a canetada", criticou Bolsonaro, sem citar o nome do ministro Alexandre de Moraes, também presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Em outro momento do discurso Bolsonaro disse que "os limites quem dá é a lei e não uma pessoa em uma canetada". Acrescentou que "queremos eleições transparentes e defendemos a Constituição", garantindo que "nunca saímos das quatro linhas da mesma".
Bolsonaro deixa Fenac em desfile pela BR-116
Após participar do encontro "Mulheres pela vida e pela família", realizado neste sábado nos pavilhões da Fenac, em Novo Hamburgo, o presidente Jair Bolsonaro (PL) deixou o local na carroceria de uma picape cercado de seguranças. Ele estava acompanhado do candidato ao governo do Estado, Onyx Lorenzoni (PL). Um helicóptero da Polícia Rodoviária Federal (PRF) acompanhou o comboio, que seguiu em direção à BR-116 pela Avenida Vereador Adão Rodrigues.
