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Eleições DECISÃO

Justiça Eleitoral determina apreensão de material de campanha na casa de Sérgio Moro

Ex-juiz é candidato ao Senado no Paraná e registrou imóvel como comitê eleitoral. Decisão do TRE também determina a remoção de uma centena de publicações em redes sociais

Por Agência Estado
Publicado em: 03.09.2022 às 15:58

A Justiça Eleitoral do Paraná esteve neste sábado (3) no apartamento do ex-juiz Sérgio Moro (União Brasil) em Curitiba, no Paraná, para apreender material de campanha. Ele é candidato ao Senado e declarou o imóvel como comitê eleitoral, por isso as buscas foram feitas no apartamento. O Estadão apurou que ele e a mulher, Rosângela Moro, não estavam em casa. Um vizinho advogado acompanhou as equipes, que não encontraram grande volume de material além de “santinhos”.

Sergio Moro
Sergio Moro Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil


A decisão que autorizou a operação é da juíza Melissa de Azevedo Olivas, auxiliar do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR). Ela considerou que o material está em desacordo com a legislação por não mostrar o nome dos suplentes na proporção exigida pela Justiça Eleitoral. “É evidente a desconformidade entre o tamanho da fonte do nome do candidato a senador relativamente a dos suplentes”, escreveu.

Os suplentes na chapa do ex-juiz são o advogado Luis Felipe Cunha e o empresário Ricardo Augusto Guerra. A juíza atendeu a um pedido da Federação Brasil da Esperança no Paraná, criada a partir da fusão do PT, PCdoB e PV, representada pelo advogado Luiz Fernando Peccinin, que acusa o ex-juiz de tentar “esconder” os suplentes.

A expectativa é que novas buscas sejam solicitadas pela federação, em gráficas e em outros pontos de apoio usados pela campanha de Moro. “O único comitê que ele [Moro] tinha informado era a residência dele, por isso a Justiça Eleitoral foi até lá. Agora nós vamos pedir a apreensão dos materiais que estão no comitê oficial”, explica Peccinin ao Estadão.

A decisão do TRE também determina a remoção de uma centena de publicações com propaganda das redes sociais do ex-juiz. ADVOGADO GUSTAVO GUEDES, QUE REPRESENTA SÉRGIO MORO “A busca e apreensão se refere tão somente à, supostamente, os nomes dos suplentes não terem o tamanho de 30% do nome do titular. Todavia, isso não corresponde com a verdade. Os nomes estão de acordo com as regras exigidas, sendo assim, a equipe jurídica pedirá a reconsideração da decisão. A busca e apreensão foi feita na residência, uma vez que o endereço foi indicado no registro da candidatura. Repudia-se a iniciativa agressiva e o sensacionalismo da diligência requerida pelo PT.”

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