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Eleições ELEIÇÕES 2022

Lula chega a Porto Alegre e dá início à turnê eleitoral pela região Sul do País

Candidato petista fará coletiva de imprensa e atos de campanha no Largo Glênio Peres

Por Redação
Publicado em: 16.09.2022 às 16:40 Última atualização: 16.09.2022 às 22:35

O candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou a Porto Alegre no final da manhã desta sexta-feira (16), dando início a turnê de campanha pela região Sul do País. Na chegada, o ex-presidente foi para o Hotel Plaza São Rafael, no Centro de Porto Alegre, por volta do meio-dia.

Lula concede coletiva de imprensa em Porto Alegre nesta sexta-feira (16)
Lula concede coletiva de imprensa em Porto Alegre nesta sexta-feira (16) Foto: Paulo Pires/GES
Ele concederá uma coletiva de imprensa às 17 horas. Após a coletiva, Lula vai até o Largo Glênio Peres, onde ocorrerá um ato da campanha petista. Essa foi a primeira vez que Lula veio ao Rio Grande do Sul na condição de candidato.

Em junho ele esteve na capital e participou de diversas reuniões, e de um ato realizado no Pepsi On Stage. Porém, naquele momento ele estava na condição de pré-candidato. Está deve ser a única visita do petista na condição de candidato antes da votação do primeiro turno, no dia 2 de outubro, já que a campanha deve focar na região Sudeste.

Campanha pela região Sul

No sábado (17), ele participa de um ato em Curitiba, capital paranaense onde ficou preso por 580 dias. No domingo (18) é a vez de um ato em Florianópolis, encerrando assim o roteiro na região onde a campanha petista busca melhorar o desempenho.

Apoio local

No Plaza, Lula se encontrou com os candidatos da chapa majoritária do PT e PSol ao governo do Estado e Senado, além de outras lideranças petistas e de esquerda, como a ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

Lula concede coletiva de imprensa em Porto Alegre nesta sexta-feira (16)
Lula concede coletiva de imprensa em Porto Alegre nesta sexta-feira (16) Foto: Paulo Pires/GES
Logo no início da coletiva, o candidato pediu votos às campanhas locais e, mais uma vez, falou a respeito da fome. "A pessoa tem que ter o direito a comer um churrasco", disse. A questão da alimentação seguiu quando respondeu a primeira pergunta sobre educação, abordando a questão do valor de repasse para a merenda escolar.

Questionado sobre o futuro do Plano Safra, Lula fez promessa de investimento em agricultura familiar, destacou os investimentos dos governos petistas - inclusive de Dilma Rousseff - e aproveitou para criticar parte do setor refratário ao seu nome. "O ódio do agronegócio é ideológico. Tem uma parte do agronegócio que não gosta da gente porque não vamos permitir o desmatamento da Amazônia", afirmou o ex-presidente. Ele anunciou ainda a criação de um novo ministério. "Eu quero criar o Ministério dos Povos Originários, esse país vai ter ministro indígena."

Lula também subiu o tom nas críticas a Bolsonaro. "Ele foi agora para o enterro da rainha (Elizabeth, da Inglaterra) porque ninguém convida ele para nada aqui. Temos um presidente que não governa, ele só espalha fake news." O fim do sigilo do atual governo e o aumento da violência na campanha eleitoral também apareceram na fala do candidato. "Os milicianos que se apossaram desse país criaram um comportamento de agredir jornalistas", disse.

Ao ser questionado sobre a manutenção do Regime de Recuperação Fiscal, ao qual o atual governo assinou com duras críticas do PT e PSol gaúcho, Lula disse que vai sentar para conversar com os governadores, mas não falou em acabar com o acordo.

O ato

Um Largo Glênio lotado esperava a chegada de Lula e dos demais apoiadores que subiram ao palco montado na frente do Mercado Público de Porto Alegre. Ao ser anunciada no microfone, a ex-presidente Dilma Rousseff foi uma das mais aplaudidas pelo público presente. O ato de campanha começou com a execução do Hino Nacional. Logo na sequência, um vídeo de campanha foi transmitido no telão.

Randolfe Rodrigues, senador da Rede pelo Amapá, cumpriu o papel de aumentar o tom nas críticas a Bolsonaro e conseguiu levantar o público. Em sua fala, fez campanha aberta pelo chamado voto útil, pedindo claramente a migração dos votos de Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB). "Se o senhor do fascismo ganhar, esse direito (de votar) estará em risco. Não podemos dar aos canalhas do fascismo mais 15, 30 dias, azucrinando o nosso povo", afirmou após comparar Bolsonaro - sem citar o nome, mas chamando apenas de presidente -, com Hitler, Mussolini e Salazar, ditadores fascistas e nazistas que governaram países europeus.

Dilma Rousseff foi muito aplaudida pelo público ao subir no palco. Ela aproveitou para mandar um recado ao PDT, partido onde retomou sua carreira política pós-redemocratização. "Eu tenho certeza que se Leonel Brizola estivesse vivo, ele estaria naquele palanque. Porque Leonel Brizola não vacilou no apoiou ao presidente Lula quando esteve em um processo eleitoral junto com ele."

Último e mais aguardado, Lula subiu ao palco logo após sua esposa falar. Foi Janja quem chamou o candidato ao palco após apresentar o clipe com o jingle da campanha. Mostrando um protagonismo bem diferente, ela cantou e dedicou a canção a uma mulher assassinada. "Eles dizem que nossa bandeira nunca será vermelha, mas ela está manchada de vermelho com o sangue das mulheres."

O petista buscou também colar a imagem de agressivos na militância pró-Bolsonaro. "Já mataram um cara do PT em um aniversário dele, mataram um companheiro. Esse genocida diz eu vou acabar com o PT. Meu senhor presidente, o senhor não vai acabar porque no dia 2 de outubro o senhor vai ter a sua derrota."

As críticas a Bolsonaro seguiram em tom elevado. Ao falar da Covid-19 e da viagem do presidente para a Inglaterra onde participará do enterro da rainha Elizabeth. "Ele não derrubou uma lágrima por uma mulher, um homem, vítima dessa doença", o mesmo tom se manteve quando falou de corrupção. "Ele me chama de ladrão, mas não fui eu que comprei 51 imóveis e paguei em dinheiro. Ele pode saber que o Lulinha paz e amor vai quebrar todo sigilo dele e nós vamos saber o que ele tava escondendo."

Lula também utilizou por, pelo menos duas vezes, a paravra 'genocida' para se referir ao presidente. Ele focou ainda na questão da violência contra a mulher. "A gente vai ter que mudar, com lei mais dura, com combate ao crime organizado, com educação, sabendo que a mulher não é objeto, ela é sujeito da história."

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