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Eleições TROCA DE CANDIDATO

Quem é Padre Kelmon, baiano que entra no lugar de Roberto Jefferson na disputa à Presidência

Religioso de 45 anos teve o registro de candidatura aceito pelo Tribunal Superior Eleitoral na quinta-feira após a impugnação do ex-deputado do PTB

Por Redação
Publicado em: 16.09.2022 às 12:39 Última atualização: 16.09.2022 às 12:40

Com a impugnação da candidatura de Roberto Jefferson à Presidência da República, o postulante a vice, Padre Kelmon, assume o lugar do ex-deputado. A partir de agora, o religioso está à frente da disputa do comando do País pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB).

Padre Kelmon
Padre Kelmon Foto: Padre Kelmon-Facebook/Reprodução

O registro de Padre Kelmon foi aceito na quinta-feira (15) pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O candidato a vice-presidente é o Pastor Gamonal (PTB).

Quem é Padre Kelmon

Kelmon Luis da Silva tem 45 anos e se denomina como sacerdote ortodoxo, "defensor da vida, família e liberdade". 

Em vídeo divulgado no YouTube, Kelmon conta que nasceu em Salvador, Bahia, e que, aos 19 anos, recebeu o chamado de Deus. Dois anos depois, tornou-se seminarista pela Igreja Católica Apostólica Romana. Após um tempo, passou para a Igreja Católica Ortodoxa.

Em 2021, Kelmon foi eleito bispo da Diocese Ortodoxa de Tradição Sírio Malankara.

À Justiça Eleitoral, ele declarou patrimônio de R$ 8,5 mil, composto por depósitos em caderneta de poupança.

Bandeiras

No lançamento da campanha, em Macapá, capital do Amapá, no dia 12 de setembro, Padre Kelmon falou sobre as bandeiras trabalhar: "Nós estamos nessa luta para defender os valores e princípios da direita. A nossa vida cristã é regida pela vontade de Deus e eu acredito nisso piamente. Eu me sinto honrado por oferecer o meu nome, a minha vida à nossa Pátria. Precisamos garantir que a direita permaneça no governo do nosso Brasil."

Plano de governo

Apesar da troca na cabeça da chapa, o plano de governo não sofreu alterações. O documento intitulado "Direita, graças a Deus", que pode ser conferido no portal do TSE, propõe a redução do papel do Estado e a convocação de Assembleia Constituinte para realização de uma reforma estrutural.

Entre medidas econômicas e administrativas, a chapa do PTB defende a redução e simplificação da carga tributária, a privatização de estatais que não são autossustentáveis ou que atuam onde a iniciativa privada é capaz de atuar; a diminuição da despesa com pessoal, a simplificação das leis trabalhistas e um regime único de previdência, tanto para funcionários privados como servidores públicos.

A candidatura encabeçada por Padre Kelmon também é favorável à contratação no funcionalismo público exclusivamente por meio de concurso, sem garantia de estabilidade de emprego e com dispensa motivada pela avaliação de desempenho.

Padre Kelmon também defende a implantação do voto distrital nos processos eleitorais legislativos, isto é, os estados seriam divididos em pequenos distritos que elegeriam parlamentares de forma majoritária. O plano propõe que somente juízes com pelo menos quinze anos de magistratura possam tomar posse como magistrados nos Tribunais Superiores e no Supremo Tribunal Federal.

No âmbito educacional, o PTB defende gratuidade para educação pré-escolar, ensino fundamental, médio e técnico de segundo grau. No caso do ensino superior, o plano propõe que os formados em universidades públicas reembolsem o Estado.

Conforme o plano apresentado, a saúde deveria ser gerida da seguinte forma: a União responsável por medidas preventivas, os estados pelas emergências médicas e os municípios no acompanhamento da saúde das famílias.

A candidatura visa ainda criminalizar a "cristofobia", e é contra a legalização do cultivo e da venda da maconha, além de se colocar a favor do agravamento da pena para o crime de pedofilia. Segundo o documento, o PTB defende que o cidadão tem o direito à posse e porte de arma de fogo para legítima defesa.

Roberto Jefferson

A candidatura de Roberto Jefferson foi impugnada pelo Ministério Público Eleitoral, que apontou a inelegibilidade dele em razão de sua condenação a sete anos de prisão, no Supremo Tribunal Federal (STF), pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, no caso do mensalão, em 2013. O caso o enquadra na Lei da Ficha Limpa, afirmou o vice-procurador-geral eleitoral, Paulo Gonet.

A defesa de Jefferson sustentou em plenário que ele foi beneficiado por indulto presidencial em dezembro de 2015, o que teria extinguido todos os efeitos da condenação, incluindo efeitos secundários como a inelegibilidade.

No entanto, o TSE entendeu que o indulto presidencial não atinge os efeitos secundários da condenação.

*Com informações da Agência Brasil

Confira a lista dos 11 candidatos à Presidência

Ciro Gomes (PDT)
Constituinte Eymael (DC)
Felipe D’Avila (Novo)
Jair Bolsonaro (PL)
Leo Pericles (UP)
Lula (PT)
Padre Kelmon (PTB)
Simone Tebet (MDB)
Sofia Manzano (PCB)
Soraya Thronicke (União)
Vera (PSTU)

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