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Eleições ELEIÇÕES NO RS

Leite evita tomar posição nacional, mas busca votos de petistas no segundo turno

Ex-governador concedeu entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira e se esquivou ao ser questionado sobre a disputa para a Presidência

Por Redação
Publicado em: 03.10.2022 às 17:24

Líder nas principais pesquisas eleitorais, o ex-governador Eduardo Leite (PSDB) não só perdeu em número de votos para Onyx Lorenzoni (PL) como passou sufoco para conquistar vaga no segundo turno. A diferença para o terceiro colocado, Edegar Pretto (PT), foi mínima, de 2,4 mil votos.

Leite diz que não cederá à polarização nacional na disputa ao Piratini
Leite diz que não cederá à polarização nacional na disputa ao Piratini Foto: Mauricio Tonetto/Divulgação


Na manhã desta segunda-feira (3), Leite conversou com a imprensa, em Porto Alegre, sobre o resultado do primeiro turno das eleições no Rio Grande do Sul. O ex-governador, que busca a reeleição, atribuiu ao cenário nacional a votação expressiva do petista, classificando os números deste domingo (2) como consequência de uma "verticalização" do voto.

"Temos uma circunstância de uma polarização absolutamente personalizada. Vimos isso acontecendo nas eleições para o Senado da República, nas eleições proporcionais e nas majoritárias em níveis estaduais", afirmou o tucano, referindo-se aos candidatos dos partidos de Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Questionado sobre o pleito nacional, o candidato evitou adiantar qualquer apoio no segundo turno. Garantiu que irá se posicionar, mas somente após discussões internas do partido. "Assim como lidero, respeito o grupo que é formado aqui por gente que tem capital político próprio", afirmou, sem poupar críticas aos presidenciáveis. "Nenhum deles [Lula e Bolsonaro] me parece a saída para o País que eu quero construir."

Apoios para o segundo turno

Com a derrota de Pretto, a missão de Leite passa a ser conquistar o eleitor petista. O candidato garantiu que não fechará as portas para diálogo com o PT, mas sugeriu que a transferência dos votos de Pretto para sua campanha não exigirá tanto esforço. "Naturalmente, parecem [os eleitores de Pretto] ser mais resistentes ao candidato que ficou em primeiro lugar", avaliou.

Quanto à relação com os adversários, Leite reconheceu a discrepância dos projetos, mas negou qualquer rivalidade que extrapole a disputa política. "Temos muitas diferenças de programa de governo, mas sempre dialogamos, nunca tratamos, em qualquer contexto, adversários políticos – e isso inclui o Partido dos Trabalhadores – como inimigos a serem exterminados."

Durante esta semana, a campanha do ex-governador deve buscar o apoio de outros candidatos derrotados, o que inclui o Partido Progressista, que compôs o governo tucano, mas, nacionalmente, se alinha a Bolsonaro. Essa dualidade foi reconhecida por Leite dentro da própria coligação. "Tem gente do nosso lado que estará votando no Bolsonaro, e gente votando no Lula."

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