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Eleições CONQUISTA HISTÓRICA

Eduardo Leite vira no 2º turno e é o primeiro governador reeleito no Rio Grande do Sul

Por volta das 19 horas, vitória estava matematicamente confirmada. Candidato do PSDB superou o adversário, Onyx Lorenzoni (PL)

Por Eduardo Amaral, Joyce Heurich e Suélen Schamloeffel
Publicado em: 30.10.2022 às 19:02 Última atualização: 30.10.2022 às 23:00

Após terminar o 1º turno na vice-liderança, Eduardo Leite (PSDB) conquistou a virada e será o próximo governador do Rio Grande do Sul – o primeiro a ser reeleito no Estado. A conquista histórica foi matematicamente confirmada às 19 horas deste domingo (30). O ex-governador recebeu 3, 6 milhões de votos (57.12%), enquanto seu adversário, Onyx Lorenzoni (PL), conquistou a confiança de 2,7 milhões de eleitores (42.88%).

Eduardo Leite vira no 2º turno e é o primeiro governador reeleito no Rio Grande do Sul
Eduardo Leite vira no 2º turno e é o primeiro governador reeleito no Rio Grande do Sul Foto: Diego da Rosa/GES
"Esta eleição se revelou uma eleição atípica. O primeiro turno teve resultado fora da nossa cogitação pela pressão do que a eleição nacional [polarização entre PL e PT] apontava. No segundo turno, comparando 'mano a mano', projetos e biografias, o Rio Grande disse o que quer", declarou Leite, em Porto Alegre, após a confirmação da vitória.

Candidato petista, Edegar Pretto foi o terceiro mais votado no 1º turno, sendo eliminado na corrida ao Piratini por uma diferença mínima em relação ao tucano. Durante o discurso desta noite, Leite reconheceu o apoio dos eleitores que migraram os votos do PT para o PSDB, apesar da diferença programática entre os partidos. "Se não vem com a convergência do programa que temos para o Estado, vem na convergência da democracia."

A partir de janeiro de 2023, o ex-governador volta ao Piratini para cumprir um mandato de quatro anos, ao lado do vice-governador eleito, Gabriel Souza (MDB). "Vitória contundente da população gaúcha. Candidatura que pregou o amor, a união, combatendo o preconceito e o ódio. Agora, é governar para todos", declarou o vice.

Perfil

Ex-governador do RS, Eduardo Leite, 37 anos, é nascido em Pelotas e formado em Direito. O tucano filiou-se ao PSDB em 2001 e concorreu pela primeira vez em 2004, quando foi candidato a vereador por sua cidade natal, mas não obteve sucesso. No pleito de 2008, concorreu novamente a uma vaga de vereador e foi eleito. Leite também foi prefeito de Pelotas, de 2013 a 2017.

Em 2018, foi candidato ao governo do Estado e se elegeu ao cargo que ocupou até o início deste ano. Ele renunciou ao governo na intenção de concorrer à Presidência da República, mas acabou desistindo da candidatura, voltando, em seguida, à corrida pelo Piratini.

1º turno

Vice-líder nas principais pesquisas, Onyx Lorenzoni (PL) surpreendeu no 1º turno da eleição, em 2 de outubro, quando liderou a disputa, conquistando 2.381.989 votos, o equivalente a 37,5% do total. A corrida pela segunda vaga dos segundo turno foi apertada, com diferença de 2.491 votos entre Eduardo Leite e o deputado estadual Edegar Pretto (PT). Naquele momento, Leite teve 1.702.761, ou 26,81% do total.

Campanha disputada

O 2º turno entre Eduardo Leite e Onyx Lorenzoni, que teve o capítulo decisivo neste domingo, foi marcado por encontros tensos entre os postulantes ao Piratini e acusações mútuas. Em todos os debates em que os dois se encontraram, e foram oito desde o fim do 1º turno, em 2 de outubro, o que mais se ouviu foram críticas e xingamentos.

Em meio à troca mútua de farpas, foram poucos os projetos discutidos para o futuro do Estado. O Rio Grande do Sul, inclusive, chegou a virar notícia nacional em duas oportunidades pelos desentendimentos entre os dois políticos. Primeiro quando Onyx recusou-se a apertar a mão de Leite ao fim do debate realizado pela Rádio Gaúcha. Depois, quando Leite perguntou, por nove vezes, qual seria a alternativa de Onyx ao Regime de Recuperação Fiscal e ficou sem resposta.

O ex-ministro do presidente Jair Bolsonaro (PL) apostou na ideia de nacionalizar a campanha, vinculando seu nome ao de Bolsonaro e procurando associar Leite a Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O tucano, por sua vez, fez o caminho contrário: tentando trazer a pauta do segundo turno para o Rio Grande do Sul e se afastando da disputa nacional, recusando-se a abrir o voto, mesmo quando cobrado pelo PT gaúcho, que, após período de resistência, acabou declarando apoio a Leite.

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