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Governo analisa volta às aulas na rede privada de ensino

Em entrevista por meio das redes sociais, governador Eduardo Leite reafirmou que as aulas seguem suspensas, porém protocolos serão criados para que não se comprometa ainda mais o ano letivo

Por Gustavo Henemann
Publicado em: 12.05.2020 às 07:00 Última atualização: 12.05.2020 às 09:45

Governador Eduardo Leite deve analisar a liberação das aulas na rede privada e ter definição até o próximo fim de semana Foto: Gustavo Mansur/Palácio Piratini
A partir do novo decreto estadual de distanciamento controlado, as aulas seguirão suspensas no Rio Grande do Sul até que as regras específicas para a educação sejam definidas. No entanto, o governador Eduardo Leite afirmou, na segunda-feira (11), em entrevista pelas redes sociais, que vai analisar a situação da rede privada de ensino. Protocolos já estão sendo estruturados para que o ano letivo seja retomado. Já a situação da rede pública é diferente e não há previsão de retorno das aulas presenciais para o mês de maio.

Em nova reunião realizada na segunda-feira entre o presidente do Sindicato do Ensino Privado do Rio Grande do Sul (Sinepe-RS), Bruno Eizerik, o secretário de Educação do Estado, Faisal Karam, e a equipe da Seduc, foram discutidos os protocolos de retorno às aulas, e a ideia é de que até o próximo fim de semana já se tenha uma posição do governo. "Assim que tivermos uma definição das regras, o que efetivamente a escola precisará fazer para abrir, conseguiremos ter uma definição de quando será possível a volta às aulas presenciais", afirmou Eizerik. O presidente disse ainda que em Porto Alegre as aulas seguem suspensas até dia 31 devido ao decreto municipal.

Entre as medidas que deverão ser adotadas para a volta das aulas presenciais por conta da pandemia de coronavírus, estarão o distanciamento entre os alunos, retorno gradual dos estudantes e reabertura das escolas de acordo com a bandeira do município, utilização de equipamentos de segurança e medidas de higienização dos ambientes.

"Estamos discutindo os protocolos para voltar às aulas com segurança. E somente com eles fechados e, observando os dados de cada região, é que vamos fazer a definição do retorno efetivo. Embora jovens e crianças não estejam no grupo de risco, a atividade de ensino pressupõe uma reunião de um grande número de pessoas, o que geraria uma circulação muito grande em ambientes que seriam favoráveis à transmissão do coronavírus", afirmou o governador gaúcho. No Estado, as escolas movimentam um público que representa 20% da população indicou Eduardo Leite, ou seja, 2,26 milhões de pessoas.

O governador ainda comentou que sobre as questões econômicas que envolvem a rede privada no Estado. "Enquanto a rede pública tem a garantia do pagamento dos salários dos professores, mesmo que com atraso, na rede privada se não houver receita, eles terão dificuldades para cumprir seus compromissos. Não podemos desprezar que há uma atividade econômica no setor. Mas o mais importante é que tenhamos um retorno seguro", completou Leite, que pode liberar as aulas nas escolas privadas a partir do cumprimento dos protocolos de saúde.

Atividades remotas

Para que os alunos não fiquem ociosos neste período de indefinição, o Sinepe-RS recomenda que as instituições de ensino sigam com as atividades remotas que já vem sendo realizadas desde o dia 19 de março. O presidente Eizerik acredita que, quando for possível o retorno, a tendência é de que ocorra de forma gradual, de algumas turmas e níveis de ensino.

"Sem dúvida, a rotina escolar será bem diferente. As instituições de ensino já estão se planejando para essa nova etapa, adquirindo Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), estudando os espaços físicos e avaliando os profissionais dos grupos de risco. Há uma expectativa para o retorno no setor, mas também há um consenso de que só retornaremos se tivermos segurança para nossos alunos, professores e funcionários", complementou.

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