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Conforme a empresária Litieli da Silva, 35 anos, o grupo entende ser necessário manter cuidados de higiene e saúde. Apesar disso, defende que as atividades comerciais não sejam paralisadas em sua totalidade. “Todas as atividades são essenciais. Entendemos que a situação sanitária é critica, mas estamos desesperados. Nós só queremos trabalhar, apenas isso”, justifica.
Segundo a organização, cerca de 300 pessoas participaram do movimento.
O empresário Alexandre Kaspper, dono de uma empresa de confecções, comentou que quanto mais os setores demorarem para voltar ao trabalho, mais difícil será a retomada. “Temos que voltar de algum jeito. Só com 50% do pessoal, afastar maiores de 60 anos e com comorbidades são algumas alternativas que podem ser tomadas. Mas temos que começar. Até começar é difícil nessa situação. Quanto mais demorar, mais difícil é sair da inercia”, disse.
Em nota, a Câmara de Dirigentes Lojistas de Campo Bom se solidarizou com os empresários que estão sendo afetados pelas medidas restritivas. No entanto não concorda com mobilizações que promovam aglomerações. “A CDL desde o início da pandemia, está apoiando os associados no enfrentamento direto das medidas restritivas ao funcionamento do comércio, bem como dos prestadores de serviços e das indústrias associadas. Mantemos contato direto com o poder municipal e em comitiva com outras CDLs mobilizamos pedido e ações frente ao Governo do Estado, contudo não compactuamos com a realização de aglomerações que não são oportunas no atual cenário. Como uma entidade buscamos sempre o melhor o nosso associado, contudo as medidas irredutíveis provindas da decisão do Estado vão para além da representatividade de instituições e entidades de classe”, diz o comunicado.
Alternativas avaliadas
De acordo com o prefeito de Campo Bom, Luciano Orsi, a administração municipal está discutindo alternativas para auxiliar os empreendedores diante das perdas decorrentes do isolamento social. “Todos estamos perdendo de uma forma ou de outra, estamos trabalhando para perder o mínimo possível. Neste momento, com o agravamento da pandemia, a nossa prioridade continua sendo a preservação da vida, mas sabemos que o fechamento é prejudicial, que traz queda de arrecadação, dificulta a vida dos comerciantes. Por isso estamos analisando a possibilidade do município disponibilizar auxílio aos empresários e, até mesmo a prorrogação no pagamento de tributos municipais, para de uma forma ou outra tentar alivar esses trabalhadores”, detalhou Orsi, que destacou ainda que em 2020 o município disponibilizou cerca de R$ 500 mil em auxílio financeiro para micro e pequenos empresas. A verba foi destinada através do Programa de Incentivo à Geração de Emprego (Pige) para o pagamento de aluguel.
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