MENINGITE: Entenda como se manifestam os diferentes tipos da doença
Enfermidade é provocada principalmente a partir da infecção por vírus ou bactérias. Neste mês, um bebê e um jovem morreram no Vale do Sinos em decorrência da doença
A meningite, doença que causa a inflamação das meninges, que são membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal, fez duas vítimas no Vale do Sinos. Neste mês de julho, Arthur Fetzer, um bebê de um ano e três meses, e Marcelo Ritter Brasil, de 24 anos, morreram em função da doença.
Ela é provocada principalmente a partir da infecção por vírus ou bactérias, mas pode também ter como agentes etiológicos fungos e parasitos. Cada uma delas tem características diferentes, desde a manifestação até a gravidade.
As meningites virais são caracterizadas por um quadro clínico com evolução autolimitada e benigna. Os sintomas são semelhantes ao de uma virose comum. Sem um tratamento específico, geralmente é necessário que o paciente passe apenas por terapia de suporte.
Já as meningites bacterianas apresentam maior gravidade e também são as mais comuns. Elas podem ter cura, desde que o paciente seja diagnosticado rapidamente e tratado com o antibiótico apropriado.
Entre as meningites bacterianas, está a meningocócica, que, de acordo a Secretaria de Saúde do RS, continua sendo o principal objetivo da vigilância das meningites, em função da morbimortalidade e da transcendência da doença. Causada por uma bactéria que possui diversos sorogrupos, a transmissão da meningite meningocócica ocorre através do contato direto pessoa a pessoa, por meio de secreções respiratórias de pessoas infectadas, assintomáticas ou doentes.
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A meningite pneumocócica, por sua vez, é o tipo mais comum da doença bacteriana, conforme explica a neurologista e professora do curso de Medicina da Universidade Feevale Helena Fussiger. "É um tipo de bactéria que coloniza via aérea e, por algum motivo de defesa do paciente, consegue invadir a mucosa e chegar no paciente", conta.
Apesar da alta taxa de letalidade, que chega a 30%, ela não é considerada tão contagiosa. "É como a gente já tivesse ela, mas por algum motivo ela consegue ficar agressiva", destaca a médica.