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Notícias | Região CAMPO BOM

CÂNCER RARO: Emoção e homenagens marcam despedida de menino que veio para o RS tratar doença

Fã da Brigada Militar, Kadmiel da Silva faleceu no domingo, Dia dos Pais, aos 5 anos

Publicado em: 14.08.2023 às 22:37 Última atualização: 14.08.2023 às 22:41

O sepultamento do menino Kadmiel Edson Rodrigues da Silva, de 5 anos, comoveu familiares, amigos e forças de segurança na tarde desta segunda-feira (14) no Cemitério Municipal de Campo Bom. Apaixonado pela Brigada Militar (BM), ele foi enterrado usando uma farda da polícia, uma camisa do Grêmio e junto com algumas viaturas de brinquedo.

Kad, como era carinhosamente chamado, faleceu em decorrência de um câncer raro na manhã de domingo (13) no Hospital de Clínicas de Porto Alegre.

Policiais militares carregaram caixão com corpo do menino | Jornal NH
Policiais militares carregaram caixão com corpo do menino Foto: Dário Gonçalves/GES-Especial

Policiais militares conduziram o caixão desde a capela municipal onde o corpo do pequeno foi velado até o lóculo onde foi sepultado. A Guarda Municipal (GM), a Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros Militar da cidade também estiveram presentes. Em homenagem, a sirene de todas as viaturas presentes no local ficaram ligadas durante um minuto.

Família permanecerá no RS

O pai de Kadmiel, Edson da Silva, de 42 anos, agradeceu a todos que ajudaram o menino nesta batalha e disse estar grato de ter recebido tanto apoio. “O Kad nos deu a oportunidade de conhecer pessoas maravilhosas. E como ele dizia: 'não sou mais do Mato Grosso do Sul, eu sou gaúcho'. Ele queria ficar aqui, então nós vamos ficar aqui e vamos prosseguir a nossa vida”, afirmou.

Ao lado do corpo, o pai contou sobre um momento de fé que teve e Deus teria lhe dito: “meu filho, não chore. Precisei levar o seu filho para ficar do meu lado.”

enterro  menino | Jornal NH
enterro menino Foto: Dário Gonçalves/GES-Especial

Quem também esteve ao lado da família nos últimos meses foi Roger da Costa e a esposa Fabiane, além do casal Mosael Frantz e Natália Bonatto. Eles não conheciam a família, que veio do Mato Grosso do Sul em busca de tratamento, mas ao tomarem conhecimento da luta de Kadmiel, resolveram ajudar.

“Nós realizamos todos os sonhos que ele tinha. Além de conhecer a Brigada Militar e ganhar uma farda, nós levamos ele no zoológico, demos pizza, fizemos festa de aniversário. Fizemos tudo o que podíamos", disseram.

 

Partida no Dia dos Pais

Costa conta que estava em casa com seu filho de 9 anos no Dia dos Pais quando recebeu uma mensagem do pai de Kadmiel. “Eu abandonei o meu filho para socorrer o Kad. Esse menino mostrou o que é o amor. Mostrou o que é viver de novo”, afirma. A mensagem pedindo por socorro chegou por volta de 08h20 da manhã de domingo.

Nela, Edson, que estava no hospital, dizia que o filho não tinha mais muito tempo. “Eu busquei a Cleonice (Rodrigues da Silva, 39, mãe de Kad) e fomos para Porto Alegre. Deu tempo de chegarmos lá e conversarmos com ele. Fizemos uma oração e ele foi apagando que nem uma velinha. No final, ele desligou. Ele foi em paz”, relata emocionado.

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