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Notícias | Canoas OPERAÇÃO COPA LIVRE

Estado aguarda decisão da Justiça para intervir no HPS de Canoas

Pedido feito pelo MP é desdobramento da Operação Copa Livre, que na quinta-feira (31) afastou do cargo o prefeito Jairo Jorge (PSD) e outros servidores

Por Da Redação
Publicado em: 01.04.2022 às 18:02 Última atualização: 01.04.2022 às 18:15

O Ministério Público do Rio Grande do Sul ajuizou no fim da tarde desta sexta-feira (1º) uma ação pedindo a intervenção do Estado na gestão do Hospital de Pronto Socorro de Canoas (HPSC) da cidade. A medida vem como um desdobramento da Operação Copa Livre, que nesta quinta-feira (31) afastou dos cargos o prefeito Jairo Jorge (PSD) e os secretários de Saúde, Maicon Lemos, e de Planejamento, Fábio Cannas, pelo prazo mínimo de seis meses. Há suspeita de irregularidades em cinco contratos da Prefeitura com prestadores de serviço.

Nesta sexta, a Secretaria Estadual da Saúde informou que aguarda decisão judicial para intervir.

Hospital de Pronto Socorro de Canoas (HPSC) está na mira do Ministério Público
Hospital de Pronto Socorro de Canoas (HPSC) está na mira do Ministério Público Foto: PAULO PIRES/GES
Na ação, o promotor Marcelo Dossena Lopes dos Santos, coordenador do Gaeco - Núcleo Saúde, pede o afastamento dos dirigentes do Instituto de Atenção à Saúde e Educação (Aceni), contratado pela Prefeitura para gerir o HPSC, e que o Estado assuma o comando do hospital por até 120 dias. "Ou até que haja condições de que a gestão da unidade seja retomada, em definitivo, pelo poder público ou seja novamente repassada a terceiros, por meio de novo procedimento seletivo público", diz nota divulgada pelo MP. Conforme o Ministério Público, a intenção é garantir a continuidade dos serviços e evitar que a comunidade seja penalizada.

Procurada pelo Grupo Sinos no fim da tarde desta sexta-feira, a secretária estadual de Saúde, Arita Bergmann, confirmou que já discutiu o assunto com o MP, mas que aguarda uma decisão judicial para agir. "Preciso que haja uma ordem judicial de intervenção para que o Estado saiba como se dará esta tarefa. O que vamos fazer e por quanto tempo", exemplificou Arita.

O contrato da Prefeitura de Canoas com o Aceni é um dos cinco com supostas irregularidades, segundo apurou o MP. A organização social foi contratada em 27 de janeiro deste ano com dispensa de licitação. O Aceni integraria, segundo a investigação, o esquema criminoso que estaria agindo na Prefeitura de Canoas. Os contratos suspeitos somam R$ 66 milhões.

Tanto o prefeito Jairo Jorge quanto os secretários afastados ainda não se pronunciaram sobre a operação. Nesta quinta-feira a defesa de Jairo disse que ainda tentava acesso aos documentos da investigação e o prefeito postou em rede social que "estou perplexo com as graves acusações e ataques à minha honra, mas sigo acreditando na Justiça e tendo a convicção de que todos os fatos serão devidamente esclarecidos". Procurada pela reportagem do Grupo Sinos, a assessoria do Aceni não comentou o assunto até a publicação deste conteúdo.

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