Às vésperas de mês decisivo, advogado Jader Marques deixa defesa de Jairo Jorge
Nova banca de advogados já assumiu processo que resultou no afastamento do prefeito de Canoas
O criminalista Jader da Silveira Marques não está mais à frente da defesa do prefeito afastado de Canoas, Jairo Jorge, no processo da Operação Copa Livre. Uma nova banca de advogados já assumiu o caso.
Os nomes de Francis Rafael Beck e Rafael Lopes Ariza já constam nos autos, conforme consulta feita pelo Diário de Canoas junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). De acordo com o STJ, a mudança na representação do político do PDS ocorreu nesta sexta-feira (29). Beck e Ariza, que possuem escritório em Porto Alegre, não foram localizados para comentar o assunto.
Troca não foi explicada
Procurado, Jader Marques desligou o telefone sem falar com a reportagem. Pouco tempo depois, a assessoria do advogado encaminhou nota com apenas duas linhas confirmando a saída do caso ainda na quinta-feira (28).
Marques é especialista em direito penal e uma das referências do Rio Grande do Sul nesta área. Em seu currículo, estão casos importantes como a defesa de um dos réus no incêndio na Boate Kiss.
O que diz Jairo Jorge
A reportagem tentou contato com Jairo Jorge, mas ele não foi localizado para comentar o assunto.
Afastamento
A pedido do Ministério Público (MP), Jairo Jorge está afastado da Prefeitura de Canoas pela Justiça desde o dia 31 de março deste ano. O processo que apura denúncias de corrupção no Poder Executivo está atualmente suspenso por decisão do ministro do STJ, Jorge Mussi.
Julgamento
A liminar que alterou os rumos da Operação Copa Livre será julgada pela 6ª turma de ministros do STJ em agosto. O mês que se avizinha guarda ainda outras decisões importantes para o político canoense. A principal é o pedido de retorno imediato à Prefeitura, já negado em primeira instância pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS).
Jairo Jorge e outras 16 pessoas foram indiciadas pelo MP ao TJ gaúcho. Se o pedido for aceito, o prefeito afastado passa a ser réu por crimes de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e peculato.