Credores da Ulbra aprovam novo plano de recuperação
Em assembleia geral, trabalhadores com créditos a receber do conglomerado educacional concordaram com a proposta de quitação das dívidas
Foi dado um importante passo para tirar o plano de recuperação da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) do papel. Em assembleia geral, trabalhadores com créditos a receber do conglomerado educacional concordaram com a proposta de quitação das dívidas, restando somente o aval da Justiça para oficializar o acordo.
O plano foi apresentado em encontro realizado na sexta-feira (25) e obteve a aprovação de ampla maioria entre os presentes. Nos termos propostos pela Ulbra, 90% das dívidas trabalhistas serão quitadas, com uma parcela paga imediatamente e o saldo após 12 meses, mediante a venda de imóveis. Caso não ocorra a venda de patrimônio num prazo de dois anos, a universidade se compromete a fazer uso de outras fontes de crédito para cumprir o acordo.
A versão inicial do plano de recuperação judicial previa a quitação de R$ 267 milhões em dívidas trabalhistas. No formato aprovado nesta sexta-feira, serão pagos R$ 361 milhões. A nova proposta prevê correção de 3% ao ano dos valores devidos, a contar de 2019, e assegura que a Aelbra, mantenedora da Ulbra, não se desfaça das unidades de ensino no Rio Grande do Sul, preservando assim mais de 1,6 mil postos de trabalho em todo o Estado.
Opção mais vantajosa
Para o presidente da Associação dos ex-Empregados Credores da Ulbra, Felipe Ferraz Merino, além de mais vantajoso aos credores, o novo acordo garante segurança aos profissionais que seguem atuando na Ulbra e também aos estudantes. "É mais benéfico porque prevê pagamento das dívidas com correção monetária, garante empregos e a instituição operando", resume.
O que diz a mantenedora da Ulbra sobre o plano
Por nota, a Aelbra afirmou que o plano de recuperação judicial aprovado na assembleia geral de credores é um aprimoramento do plano anteriormente aprovado, por atender melhor os credores de todas as classes, ao mesmo tempo em que permite a preservação da atividade econômica da rede de ensino.
Com o novo plano, a Aelbra preserva a atividade de ensino sem prejuízos aos estudantes, mantém os empregos diretos e indiretos e passa a saldar a dívida com os credores. Temos a convicção de que a Ulbra sairá mais forte da recuperação judicial do que quando ingressou."
O documento encerra com a afirmação de que o compromisso da Aelbra é recolocar a Ulbra no topo do ranking das melhores universidades do país.