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Notícias | Especial Coronavírus Negócios

Usaflex anuncia a demissão de 500 funcionários

Apenas na unidade de Dois Irmãos já são 180 desligamentos

Por Luana Rodrigues
Publicado em: 20.03.2020 às 15:52 Última atualização: 20.03.2020 às 17:07

Diante do avanço da crise do coronavírus, o CEO da Usaflex, Sergio Bocayuva, anunciou nesta sexta-feira (20) o corte de 15% da mão de obra da empresa, o que significa a demissão de 500 colaboradores. Apenas na unidade de Dois Irmãos, conforme divulgado mais cedo, foram 180 desligamentos. A Usaflex tem sede em Igrejinha, no Vale do Paranhana.

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A decisão é vista por Bocayuva como um movimento de antecipação a um cenário econômico que pode ficar ainda mais delicado. Segundo ele, a redução da mão de obra – focada especialmente no setor de produção – representa corte de 25% da produção diária da empresa, que agora passará a ser de 18 mil pares de calçados/dia. Mais da metade dos colaboradores desligados estava em contrato de experiência. Outros 30% trabalhavam no turno da noite e os demais são de diversas áreas de produção.

O CEO da Usaflex antecipou ainda que o momento de crise do País deve resultar na queda de 40% do faturamento projetado pela empresa para este ano. As 15 lojas da Usaflex que seriam inauguradas em breve e, segundo Bocayuva, estavam quase prontas, também deixam de abrir. Já o e-commerce, desde domingo, apresenta redução de 30% nas vendas. "As pessoas estão extremamente preocupadas com seus empregos, com sua saúde, e não têm ambiente psicológico que faça com que elas saiam comprando", comentou.

Os demais colaboradores da empresa estão trabalhando de casa ou em férias coletivas por 30 dias, mas o CEO da empresa acredita que as unidades possam ficar paradas por mais tempo, dependendo de como a pandemia do coronavírus se comportar. Já os funcionários que foram desligados receberão, além dos direitos trabalhistas, duas cestas básicas. A promessa da empresa é de que todos serão recontratados assim que o cenário econômico melhorar.

CRISE

No entendimento de Sergio Bocayuva, o mercado deve ficar parado por pelo menos dois meses e meio. "Apesar de ter 750 mil pares de calçados em produção, a gente entendeu por bem parar e absorver este prejuízo e aí não houve outra saída que não fosse a equalização de fatores", explicou.

O CEO classificou a crise como grave e disse que retomada deve ser gradual e lenta. "Devemos estar voltando a trabalhar com nosso valor estimado para o ano apenas em novembro ou dezembro. Não esperamos que haja uma recuperação acelerada e muito menos que a gente venha a ter uma compensação nesta perda do e-commerce", projetou.

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