Marcada na última quinta-feira (26), a segunda reunião do Fórum de Combate ao Colapso Econômico do Rio Grande do Sul contou com a participação do governador do Estado, Eduardo Leite. O chefe do Executivo gaúcho confirmou presença no encontro, que ocorreu neste domingo (29). Foram duas horas de videoconferência, das 18 às 20 horas, com a participação de diversas lideranças empresariais e políticas do Estado.
Representando a região, o diretor da Associação Comercial, Industrial e de Serviços (ACI) de Novo Hamburgo, Campo Bom e Estância Velha, Marco Aurélio Kirsch, novamente, debateu soluções para o combate a crise provocada pela pandemia da Covid-19. O executivo aproveitou para apresentar a proposta da entidade, que no encontro também representava as entidades da cadeia coureiro-calçadista.
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"Sugerimos que a retomada da indústria, comércio e serviços ocorra de forma gradativa a partir do dia 6 de abril. E de forma organizada e estruturada, no dia 13 as escolas e universidades. Além disso, pedimos que o ICMS de abril fosse parcelado em duas vezes", revela Kirsch, ao contar que para montar a proposta a entidade ouviu infectologistas e especialistas.
A proposta da ACI seguiu na mesma linha das outras entidades e lideranças que participaram da videoconferência. O diferencial foi o pedido de reabertura das escolas. "Ressaltamos ao governador o que vem sendo observado por infectologistas que, comparado a outros Estados, o lockdown gaúcho foi correto, e evitou que a curva ascendente não subisse tanto. Houveram bons sinais", fala, ao dizer que as lideranças se comprometeram a apresentar até quarta-feira ao meio-dia as medidas e protocolos de segurança para o retorno das atividades. Questões como fluxo, contra turno, álcool gel, entre outras coisas devem ser planejadas.
No encontro, o governador revelou que todas as decisões do Estado levarão em consideração dados. "Ele trouxe o dado, quando apresentamos a proposta de abertura das escolas no dia 13, de que a cada fechamento de escolas e universidades cai em 24% o contágio. O que propusemos é uma reabertura com cuidados e proteção aos funcionários e a comunidade. É indiscutível que a continuidade da indústria é fundamental. Se a indústria parar vamos ter um problema sério", frisa o diretor da ACI.
Além disso, foi apresentado na reunião que há um trabalho em sintonia com as operadoras de celular para identificar as movimentações nas cidades gaúchas. A partir disso, está sendo montado uma análise de como andam os deslocamentos urbanos e rural, para entender as mudanças de hábitos da população.