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Notícias | Especial Coronavírus Decreto

Prestadores e comerciantes podem trabalhar de forma individualizada, destaca Fernanda Luft

Procuradora-geral de Novo Hamburgo ressalta que é preciso se reinventar para manter as atividades enquanto se perdura o decreto

Por Adriana Lima
Publicado em: 05.04.2020 às 17:14 Última atualização: 06.04.2020 às 12:46

Ainda em entrevista ao ABC News, com apresentação de João Paulo Gusmão, neste domingo (5), questões sobre o decreto municipal, com duração de 15 dias, e o direcionamento para o funcionamento dos negócios foram foco da discussão com a procuradora-geral de Novo Hamburgo, Fernanda Luft. A entrevista começou com foco no funcionamento do comércio que, conforme a entrevistada, não pode estar de portas abertas ou com fila de espera na frente. "É o momento das pessoas, dos comerciantes, prestadores, se reinventarem para que o público consiga se comunicar com o lojista, ele tem que se reinventar para divulgar o serviço de uma forma mais segura para o atendimento. Se o cliente liga e vai sozinho, com hora marcada, ok. Ou se ele vai até o cliente, levar a roupa, atender aquela pessoa. É difícil, é complicado, mas espero que todos entendem que estamos tentando manter o equilíbrio em uma equação muito difícil", citou, em entrevista à Rádio ABC.

E quando o comércio será reaberto? “Temos estas medidas por um período de 15 dias, e fazemos constantemente avaliações da epidemia, para saber se vamos liberar ou restringir mais. O que angustia as pessoas é a imprevisão do próximo mês, eu sei, mas essa resposta eu não consigo dar, vai depender do desenvolvimento desta epidemia, a cada dia, a cada hora estamos fazendo estas avaliações”, destacou.

Sobre a organização do documento, a procuradora destacou que a busca de Novo Hamburgo é por alinhar com o Estado. “Até para que não haja dúvidas entre as pessoas, a ideia é seguir com o equilíbrio para que todos se sintam seguros.”

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Ela ainda que citou que indústrias, escritórios e empresas prestadoras de serviços podem funcionar normalmente, mas desde que obedeçam ao critério de redução do número de pessoas para que seja mantido o afastamento e cuidados com a higienização. Ela propôs rodízios entre os funcionários ou mesmo turnos diferenciados.

Serviços

Para os salões de beleza, por exemplo, Fernanda lembra que o foco é o atendimento individualizado. “O decreto permite o serviço autônomo, individualizado, mas o que não podemos permitir agora são os abusos. Não recomendamos o atendimento de portas abertas, não é para abrir o salão de beleza, por exemplo, para quem passar pela rua, o ideal é atender uma pessoal de cada vez, com hora marcada. A manicure, a cabeleireira também podem ir à casa daquela pessoa para atendê-la”, explica.

As academias não devem funcionar com horário ou número de alunos reduzidos, a liberação é só para o atendimento personalizado. “O que se permite é o serviço do personal trainer, uma pessoa, ou no máximo o atendimento a um casal ou duas pessoas que vivem juntas. Não é para abrir as portas e colocar 10 ou 20 alunos, lembrando que a transmissão pode ocorrer também através dos equipamentos. Várias estão postando vídeos diários dos treinos, fazendo esse contato online, e é isso que estamos incentivando para este momento.”

Já sobre os pubs, Fernanda lembrou que o decreto incluiu bares, restaurantes e lancherias, mas não foi específico para os pubs. “Não se pensou nos pubs, até porque não é o momento deste tipo de confraternização, mas esta situação está sendo analisada e vamos sim ter um regramento, pois a permissibilidade dos restaurantes é para a alimentação e hoje não vemos essencialidade no funcionamento de um pub, até porque não é um local onde as pessoas vão manter dois metros de distância um do outro”, disse.

Igrejas

Fernanda lembra que são permitidos cultos, missas e outras atividades religiosas com no máximo 30 pessoas e sempre apelando ao bom senso. “Então isso é para os lugares mais amplos, que mantenham as medidas de distanciamento e de higienização. Muitas estão fazendo online, mas as que pedem presencial deve ocorrer desta maneira”, reforçou.


Caminhadas de idosos pela rua

Exercitar sim, mas dentro de casa. “Para a faixa de risco a recomendação é que não saia de casa, não façam caminhadas longas na rua, pois a exposição é muito maior. Ninguém está proibido de sair à rua, temos que modificar a nossa cultura, sempre apelando para o bom senso, não é o toque de recolher, mas tenham bom senso”, recomenda. A procuradora informou que por enquanto não há multas por aqui, no momento existem abordagens com orientação ao grupo de risco que circula pela rua.

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