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Notícias | Especial Coronavírus Pandemia

Com espaço inicial para 60 pacientes, centro de acolhimento pode dobrar número de leitos

Local para atendimento a vítimas de Covid-19 será coordenada pelo vice-prefeito Antônio Fagan

Por João Víctor Torres
Publicado em: 07.04.2020 às 03:00 Última atualização: 07.04.2020 às 09:55

A professora Raquel Jacobsen Constant dá instruções ao aluno José Henrique Oliveira Henicka, que será voluntário Foto: João Víctor Torres/GES-Especial
Um espaço dedicado a garantir o isolamento a quem não tem para onde ir. Esta será a função, pelo menos até a pandemia causada pelo novo coronavírus arrefecer, do antigo Hotel Fenac. A Prefeitura de Novo Hamburgo disponibilizará lá inicialmente 60 leitos. Porém, caso a demanda aumentar de forma substancial no período previsto para ser o mais crítico, a capacidade poderá ser dobrada.

Até pouco tempo atrás, o local foi sede de treinamento para profissionais da segurança pública. Como medida emergencial, a prefeita Fatima Daudt delegou ao vice Antonio Fagan, que é médico, a tarefa de organizar o Centro de Acolhimento do Município. A previsão é que os primeiros pacientes fossem recepcionados entre ontem e esta terça-feira (7) .

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Para lá devem ir, por exemplo, idosos, moradores de rua ou quem resida na cidade e esteja em situação de vulnerabilidade. Fagan reforça que todo o trabalho estará interligado entre a Secretaria Municipal de Saúde e a pasta do Desenvolvimento Social. De forma prática, ocorrerá a avaliação do quadro clínico, como a verificação real se este hamburguense necessita, de fato, ocupar o leito de isolamento. "É um espaço para quem não tem domicílio", pontua Fatima.

O atendimento deverá seguir o mesmo fluxo: a Prefeitura recomenda que, primeiro, ao constatar os sintomas, o paciente vá até o Centro de Triagem montado num anexo do Hospital Municipal de Novo Hamburgo.

Ajuda providencial

Fagan enaltece as parcerias firmadas pelo Executivo que, inclusive, viabilizaram a consolidação do Centro de Acolhimento. Contribuíram com doações a Sociedade Ginástica Novo Hamburgo, o Colégio Marista Pio XII, o Grupo Sinos e a Fenac. Além disso, 35 alunos do curso técnico de enfermagem do Sistema de Ensino Gaúcho (SEG) atuarão de forma voluntária, em regime de plantão, durante 24 horas, no monitoramento dos pacientes.

José Henrique Oliveira Henicka, 28 anos, é um deles. "Sou pedreiro e meu sonho é trabalhar num bloco cirúrgico", conta, enquanto é acompanhado pela professora Raquel Jacobsen Constant. Pela vontade de ajudar o próximo, ainda mais num momento tão delicado, ressalta que nem pensa na distância diária que precisará encarar. Afinal, ele mora em Bom Princípio e estará todas as tardes atendendo os pacientes, que ainda não conhece, mas promete dar toda atenção. Eles serão supervisionados por equipes de enfermeiros da rede municipal de Saúde, bem como por profissionais contratados pelo SEG.

Conforme Fagan, desde a última sexta-feira, os alunos do curso técnico têm passado por capacitações.

Plano B pronto

Novo Hamburgo atua em mais de uma frente no combate à pandemia. Em paralelo ao espaço destinado a manter em isolamento quem precisa, o Município não descarta - lá na frente - construir um hospital de campanha. A medida já é uma realidade até mesmo em localidades da região, mas, também, as maiores capitais do País estão adotando ação semelhante.

Conforme a prefeita Fatima Daudt, o secretário municipal de Segurança, o general Roberto Jungthon, e o chefe da Defesa Civil, o tenente Claudiomiro Fonseca, foram acionados para verificar qual seria o melhor local para abrigar a instalação provisória em território hamburguense. Sendo assim, os pavilhões da Fenac foram apontados como o lugar com melhor estrutura para as eventuais necessidades. Se Novo Hamburgo precisar, a unidade será levantada neste local.

"O hospital de campanha está sendo avaliado. Iniciamos o processo, porque há uma série de questões que precisam ser feitas, caso a gente venha a ter necessidade. Será nos pavilhões da Fenac", pontua Fatima.

Idosos

25 mil idosos é a população estimada no Município desta faixa etária.

 

Melhor remédio ainda é o isolamento social

Fagan lembra, ainda, que o isolamento social tem se mostrado como a forma mais eficaz de conter o vírus. E tem sido adotado no mundo todo.

Doações também vêm em boa hora para lá

Doações sempre são bem-vindas. Além das entidades e empresas que já colaboraram, há outros itens considerados como "essenciais" para dar conta de todo o trabalho que deve vir pela frente. Em função disso, são solicitadas desde roupas a materiais de higiene (coletiva e pessoal), cobertores, colchões e demais utensílios comuns ao dia a dia. Além disso, os cada vez mais escassos equipamentos de proteção individual (EPIs) também serão de grande valia a quem estiver na linha de frente do Centro de Acolhimento. Os donativos podem ser deixados no local (Rua Araxá, 755, Ideal).

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