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Notícias | Especial Coronavírus Alimentação

Prefeitura de Novo Hamburgo muda a distribuição de cestas básicas

O atendimento agora presencial nos Cras de Novo Hamburgo passa a ser do meio-dia às 18 horas e a distribuição por ordem de chegada

Por Susi Mello
Publicado em: 15.04.2020 às 17:24

Servidor público Igor Mesquita entrega rancho para Graziela Franth de Carvalho no Cras Primavera Foto: Susi Mello/GES-Especial

Em virtude do aumento na procura por cestas básicas, junto aos Centros de Referência de Assistência Social (Cras), especialmente à tarde, a Secretaria de Desenvolvimento Social (SDS) de Novo Hamburgo começa nesta quinta-feira (16) a adotar uma outra forma de distribuição.  Os donativos serão distribuídos em um novo horário para atender famílias em situação de vulnerabilidade social.

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Frente à demanda emergencial, o horário de atendimento passa a ser do meio-dia às 18 horas, de segundas a sextas-feiras. A nova etapa será presencial e por ordem de chegada, seguindo todas as orientações sanitárias e de saúde, como as medidas de distanciamento entre as pessoas para evitar contágio. O titular da SDS, Roberto Daniel Bota, assinala ainda que os critérios para a entrega dos itens alimentícios servem para atestar a real necessidade dos solicitantes.

A pandemia do novo coronavírus afetou muita gente. Graziela Franth de Carvalho, 35 anos, recorreu ao Cras para conseguir um rancho. "É a primeira vez que pego. É um rancho bom para minha família", comentou ontem, em frente ao Cras Primavera. Mãe de dois filhos, de 17 e 3 anos, a renda vem do trabalho autônomo que realiza com seu marido. "A gente recolhe sucata de eletrônicos, mas os depósitos estão fechados e estamos sem renda", contou.

Ela ligou para o Cras na segunda-feira e agendou o recebimento do rancho para quarta-feira. Foi o servidor público Igor Mesquita que lhe entregou o rancho, do doador anônimo.

Tamanhos geram reclamações

No entanto, há pessoas que reclamam do tamanho das cestas básicas disponibilizadas. A dona de casa Suzana Maria Roza, 62 anos, do bairro Boa Saúde, conta que sua filha, Daniela Daiana Roza, 38, recebeu uma cesta básica pequena e não os de 17 quilos de um doador anônimo, conforme viu publicado.

"Minha filha tem dois filhos, um deles autista e outro que faz tratamento porque está com perda de audição e não tem condições de trabalhar, por isso tem cadastro no Cras Primavera", explica.

No entanto, nessa semana, ela esteve no local e recebeu uma cesta básica com menos itens que anunciado pela Prefeitura do doador anônimo. "Não vieram os 17 quilos. Veio somente um pacote de leite em pó, um azeite, um quilo de farinha, dois quilos de arroz, dois pacotes de bolacha, um quilo de farinha de milho, três pacotes de massa, dois quilos de feijão e dois quilos de açúcar", informou.

Na cesta do doador anônimo, no entanto, há cinco quilos de arroz, dois quilos de feijão, um óleo, quatro quilos de açúcar, 250 gramas de café, dois quilos de farinha de trigo, 500 gramas de massa, 500 gramas de polentina, biscoitos e achocolatado.

Também, a dona de casa Deisemar Firmo Figueira, 33 anos, reclama do que é distribuído no Cras Primavera. Na semana passada, ela conta que fez o cadastro. No entanto, ficou surpresa. "A sacola que recebi foi diferente do publicado no jornal, com menos itens. Assim a pessoa se cadastra e recebe uma cesta básica, com menos itens. Não entendi", declara.

SDS aborda quantidade

Conforme o titular da SDS, Daniel Bota, as cestas maiores foram entregues por um doador anônimo e chegaram muito recentemente, entrando há poucos dias na distribuição pelos Cras.

Ele explica que os donativos na forma de kits, conforme a disponibilidade anterior, ainda em março, foram entregues nas unidades do Cras antes mesmo de ser iniciada a campanha de arrecadação de itens alimentícios na Fenac.

A SDS lembra que, a partir do cadastro no Cras, os usuários seguem assistidos em suas necessidades e demandas como já ocorria antes destes tempos de calamidade pública.

Cestas de alimentos não perecíveis

Segundo a SDS, as cestas de alimentos não perecíveis, doadas espontaneamente pela comunidade, chegam em diferentes tamanhos.

Preocupação com a agilidade para encaminhar

O secretário Bota diz que há uma preocupação em receber as cestas doadas e encaminhá-las logo aos mais vulneráveis. "A fome não espera", justifica.

 

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