As escolas estaduais dos 38 municípios que fazem parte da 2ª Coordenadoria Regional de Educação, com sede em São Leopoldo, podem começar a retirar as cestas básicas enviadas pela Secretaria Estadual de Educação (Seduc) a partir desta terça-feira (28). Elas serão destinadas a alunos de famílias carentes.
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A 2ª CRE foi escolhida como uma das primeiras do Estado a receber os kits de alimentação escolar. Em ato que contou com as presenças do secretário estadual de Educação, Faisal Karam, e da coordenadora da 2ª CRE, Ileane Bravo, na sexta-feira passada, os primeiros dois mil kits foram entregues na sede do 19º Batalhão de Infantaria Motorizado (19º BIMtz).
As cestas ficarão acomodadas no ginásio do quartel 19, onde as escolas devem retirar, seguindo cronograma combinado com a 2ª CRE, a quantia previamente pedida.
No total, serão 185 mil cestas básicas entregues no Estado, cada uma contendo 24 quilos, totalizando mais de 4,5 mil toneladas de alimentos distribuídos para pais e responsáveis dos alunos.
Consistente
"É uma sacola bem consistente, a projeção é que dará, no mínimo, para 20 dias úteis", colocou Karam, sobre os kits. "Para que esses alunos consigam passar com menor dificuldade ao longo dessa quarentena toda, porque a gente sabe que ela não termina aqui", completou.
O secretário também informou que o governo estadual já está trabalhando com a possibilidade de uma segunda entrega, em maio, visto que as aulas não retornam no dia 30 de abril, quando acaba o prazo do decreto estadual de suspensão das atividades. "Nós já estamos trabalhando sobre a possibilidade de ter uma segunda entrega ou uma alternativa, estamos avaliando", ponderou.
Retorno
Karam também confessou que a ideia é retomar as aulas ainda nesse semestre. "Todo o esforço é pra isso. Vai depender do andamento da pandemia aqui no Estado. Essa liberalidade controlada que o governo está fazendo, como vai ser o efeito na sociedade, como ela responder, e o número maior ou menor de pessoas infectadas. Porque, infelizmente, os nossos alunos e professores acabam sendo vetores também, porque estão confinados dentro de um espaço físico", explicou. "Estamos fazendo todo o esforço para não perder o ano. A ideia é não perder de forma alguma", reiterou o secretário.
A entrega das cestas tem investimento de cerca de R$ 22 milhões, sendo R$ 12,7 milhões do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e outros R$ 9 milhões provenientes do governo do Estado. A medida busca beneficiar as famílias dos estudantes que desde a segunda metade de março estão afastados das escolas a partir da suspensão das aulas por meio de decretos do Estado, como medida de enfrentamento e prevenção à Covid-19. A coordenadora da 2.ª CRE, Ileane Bravo, detalhou que a escolha das famílias beneficiadas se deu após um levantamento feito por cada escola da região. "Nesse sentido, pedimos que cada diretor visse, na sua comunidade, aquele aluno que é do Bolsa Família, do Cadastro Único, que é filho de pais autônomos e que, devido à pandemia, estão sem renda. Cada escola fez o seu levantamento e nos mandou o número de alunos que precisava, por isso, fechamos em 10 mil cestas básicas para toda a região da 2ª CRE", sublinhou a coordenadora.
"A importância desse momento e dessa pandemia, é a gente trabalhar o papel de humanizar. Isso é importante, esse trabalho, essa solidariedade é também o papel da escola", completou Ileane.