Os funcionários da Caixa Econômica Federal estão apreensivos com a exposição ao coronavírus no trabalho, principalmente desde que o governo lançou o programa de auxílio emergencial de 600 reais. Segundo o presidente da Associação dos Gestores da Caixa Econômica Federal no Rio Grande do Sul (AgecefRS), Adonis Santo da Silva, a Federação Nacional dos Gestores (Fenag) vai lançar uma nota oficial para alertar sobre a situação dos servidores.
“Muitos estão sendo expostos em razão dessas filas quilométricas que estão se formando na frente das agências”, ressalta. Conforme Silva, o medo de contaminação existe, apesar do banco ter fornecido todos os equipamentos de proteção individual (EPIs).
De acordo com ele, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) aceitou uma reivindicação dos cinco maiores bancos – Caixa, Banco do Brasil, Bradesco, Santander e Itaú- para que todos funcionários sejam testados para Covid-19. No entanto, ainda não foi informada uma data e nem como a ação será realizada. O Jornal NH aguarda um retorno da Febrabran para apurar mais detalhes.
Silva também comenta que os gestores gostariam que o poder público, em especial as prefeituras, fossem mais parceiros na organização das pessoas que se aglomeram nas filas para receber a ajuda do governo federal. Segundo ele, enquanto há prefeituras que fecham ruas, fazem demarcação no chão e montam tendas, há outras que multam as agências da Caixa.
“É um momento muito difícil, onde todos deveriam se ajudar. Quando as pessoas recebem os 600 reais ficam tão felizes. Você vê o quanto eles estão precisando deste dinheiro”, comenta.
O presidente da AgecefRS, que conta com 1.150 associados, salienta que a expectativa agora é de filas menores, pois os beneficiados já estão mais familiarizados com o processo. No entanto, todos aqueles que não conseguem emitir a senha pelo aplicativo, deverão novamente pedir ajuda dos funcionários da Caixa.