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Notícias | Especial Coronavírus Críticas

Leite diz que Ministério da Saúde perde mais uma vez agilidade com troca de ministro

Governador lamentou pedido de demissão do ministro Nelson Teich

Por Débora Ertel
Publicado em: 15.05.2020 às 15:16 Última atualização: 15.05.2020 às 16:38

O governador Eduardo Leite lamentou o pedido de demissão do ministro da Saúde Nelson Teich, anunciado na manhã desta sexta-feira. De acordo com o chefe do Executivo, não houve sequer tempo para avaliação do seu trabalho. "Tivemos apenas um contato com o ministro e observamos uma ação tímida, acanhada, do Ministério da Saúde", disse ele na entrevista diária que concede pelas redes sociais.

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Segundo o chefe do Piratini, a troca de equipes do órgão em Brasília fez com que apolítica de enfrentamento a covid-19 perdesse agilidade, força e integração com estados e municípios. "Uma nova troca prejudica o enfrentamento ao coronavírus, sem dúvida", comentou.

Leite ainda declarou que as trocas de comando em Brasília causam insegurança em relação ao futuro e geram outro efeito colateral, que é a perda de confiança no governo federal no enfrentamento da pandemia. "O que gera pouca expectativa no futuro e afeta a economia. Não adianta dizer às pessoas que saiam de casa, que voltem a consumir, se não há clareza", defendeu. O governador também disse que espera do Ministério da Saúde uma equipe técnica, apoiada na ciência, em busca de uma integração com os entes subnacionais.

Sem recursos da União

Leite lembrou que hoje completa 60 dias da entrega da primeira carta do Conselho Nacional dos Secretários Estaduais da Fazenda ao Ministério da Saúde, onde os gestores pediam aporte financeiro da União. Embora o socorro já tenha sido aprovado pelo Congresso, a proposta depende da sanção do presidente Jair Bolsonaro para ser colocada em prática. "Isso nos causa frustração e preocupação. Isso nos parece ser uma decisão política e não do Ministério da Economia. Não é para atender o governador ou o prefeito, mas para atender a população", criticou.

Segundo ele, o Rio Grande do Sul recebeu até agora somente R$ 10 milhões, referentes à recomposição do Fundo de Participação dos Estados.

Além disso, o Estado ainda aguarda a habilitação de 300 novos leitos de unidade de tratamento intensiva (UTI), prometida pela União. Leite lembrou que o atraso na folha do pagamento dos servidores estaduais pulou de 13 para 42 dias em razão da falta de recursos.

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