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Notícias | Especial Coronavírus Descarte das máscaras

Garis e recicladores estão na linha de frente contra a Covid-19

Dois varredores foram afastados por suspeita de coronavírus em Canoas

Por Jeison Silva
Publicado em: 23.05.2020 às 14:36 Última atualização: 25.05.2020 às 09:54

COOPCAMATE - MÁSCARAS Foto: PAULO PIRES
Pelas ruas, na linha de frente pela limpeza de Canoas, os garis estão com atenção redobrada contra a Covid-19.

A média diária de lixo recolhido nas ruas pelos funcionários da varrição é de três toneladas, conforme a Prefeitura.

Nas quatro cooperativas da cidade o trabalho também está puxado: durante o período de pandemia a cidade teve um crescimento de 20% do lixo vindo das residências, chegando em abril num total de 156 toneladas de resíduos recicláveis coletados por quatro cooperativas. 

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Não tem sido comum na rua ou em casa, mas basta o contato com uma basta uma máscara contaminada, jogada sem respeito no chão, para fazer adoecer um funcionário.

“Temos 66 coletores de lixo e 58 varredores de rua e dois varredores foram afastados com suspeita não confirmada [de Covid-19]”, informa o diretor de limpeza e conservação de vias públicas, Guilherme Santos. “Sistema de revezamento não há como adotar, pois as equipes são dimensionadas para o atendimento e os atos para reduzir os riscos de contaminação são o fornecimento de EPI´s, fiscalização quanto ao uso e diálogos com as equipes.”

Resíduo doméstico

No resíduo doméstico, o canoense, em geral, tem descartado máscaras e luvas da forma correta. Quem diz isso é quem está lá na ponta, na triagem da Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis de Canoas (Coopcamate), uma das quatro que atendem ao município. “Recolhemos em torno de 200 quilos por mês de máscaras e luvas, mas a grande maioria desses itens chega dentro de sacolas com aviso na parte externa para evitar contaminação”, garante o presidente, Flávio Roberto Aguiar. “No Mathias Velho e na Vila Santo Operário é onde identificamos ainda alguma dificuldade nisso, são mais populosos e têm áreas vulneráveis, é preciso trabalhar mais a parte da educação ambiental.”

Recomendação

A recomendação da Vigilância em Saúde para o canoense, em relação às máscaras, é adotar os modelos de tecido, reutilizáveis. As descartáveis, na medida do possível, devem ser restritas aos profissionais da saúde, em decorrência da alta demanda e a possibilidade de falta no mercado. Quem usar as descartáveis e luvas deve descartá-las dentro de sacolas plásticas, com aviso na parte externa. Jamais jogar direto no lixo.Durante o período de pandemiaa cidade teve umcrescimento de 20% de material coletado, chegando em abril num total de 156 toneladas de resíduos recicláveis coletados.

Ao destinar adequadamente o material, os 42 recicladores da Coopcamate podem trabalhar mais seguros. “Tem vindo certinho para o galpão, mas é mais uma coisa para o reciclador ficar atento”, destaca recicladora piauiense Adriana Lima, 34. “Em outras épocas fora da pandemia é o vidro que preocupa, pois pode machucar quem está na triagem.”

Conforme a Secretaria de Serviços Urbanos não foram contabilizados materiais contaminantes durante o processo de triagem nas cooperativas, mas as unidades estão instruídas a ensacar os materiais individualmente para serem destinados com o rejeito encaminhado aos aterros sanitários.

Não há casos de Covid-19 entre os recicladores. “As cooperativas aderiram à utilização de máscaras e luvas, os caminhões foram equipados com álcool gel e os galpões de reciclagem também disponibilizam o produto, bem como são equipados com locais para higienização”, garante o diretor de Saneamento Ambiental Luiz Carlos Nunes dos Santos Junior. “Hoje contamos com 139 cooperados entre coletores e equipe de triagem e não registramos nenhum caso de coronavírus.”

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