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Notícias | Novo Hamburgo Restrições

Fiscalização aperta o cerco contra aglomerações em Novo Hamburgo

Guarda Municipal e Vigilância Sanitária de Novo Hamburgo fizeram 860 ações no período de um mês, enquanto a BM recebe cerca de 200 ligações nos fins de semana com queixas de perturbação

Por Débora Ertel
Publicado em: 29.05.2020 às 05:00 Última atualização: 29.05.2020 às 10:48

Barreiras e fiscalizações são realizadas em Novo Hamburgo tanto por setores da Prefeitura como pela Brigada Militar para manter o distanciamento social Foto: BM/Divulgação/Brigada Militar

Se fazer barulho até altas horas em via pública já não era permitido em tempos normais, em época de pandemia tem mais um agravante: a aglomeração de pessoas. Tanto o decreto estadual como o municipal determinam a suspensão de atividades justamente para evitar a reunião de pessoas, a fim de prevenir a contaminação por coronavírus.

Apesar disso, tem gente que insiste em desrespeitar a recomendação de distanciamento social, o que obriga as autoridades públicas a entrarem em ação. Recentemente, a polícia pôs fim a uma festa clandestina em Eldorado do Sul, marcada pelas redes, com previsão de durar três dias.

Em Novo Hamburgo, a Guarda Municipal e a Vigilância Sanitária realizaram mais de 860 fiscalizações entre 17 de abril e 18 de maio relacionadas à Covid-19. Foram 81 notificações efetuadas e 14 autos de infração cumpridos, além de 11 interdições cautelares. A Brigada Militar tem recebido mais de 200 ligações aos fins de semana de queixas de perturbação.

As fiscalizações da Prefeitura, seja por meio de denúncias recebidas pela Central de Fiscalizações, ou por fiscalização de rotina, ocorrem diariamente, inclusive nos finais de semana e à noite. Segundo a Prefeitura, foram detectados como principais pontos de aglomeração de pessoas as academias de ginástica, os bares, ginásios e locais de prática de esportes.

Dados da Vigilância Sanitária mostram que o maior volume de aglomerações ocorreram no Centro e nos bairros Canudos, Liberdade, Hamburgo Velho, São Jorge e Vila Nova.

Já a Brigada Militar, que também atua como parceira da Prefeitura em muitas ações, observa que a maioria das aglomerações são realizadas por jovens. Segundo o comandante do 3º Batalhão de Polícia Militar (BPM), major Emerson Ubirajara de Souza, os encontros nas ruas já aconteciam antes, principalmente no verão.

Mas agora, com os as boates, bares e pubs fechados, os jovens buscam outras alternativas de se reunirem, apesar da recomendação de praticar o distanciamento. "Daí esse pessoal vai para os postos de conveniência, para ruas dentro dos bairros e alguns na área rural, em chácaras", relata Souza.

Conforme o titular da Secretaria de Meio Ambiente (Semam) e coordenador da Central de Fiscalizações, Udo Sarlet, as aglomerações também são promovidas por esportistas, como por exemplo ciclistas que depois da pedalada combinam encontros, ou ainda por pessoas que não dão importância para a pandemia. "É preciso entender que a minha ação individual é importante para todos, principalmente para a economia retomar seus passos", destaca.

Autoridades atuam na orientação

A base da fiscalização da Prefeitura tem sido a orientação. Conforme Udo Sarlet, de receber a denúncia de aglomeração, como festas de aniversário, chegar no local e pedir para as pessoas dispersarem. Já quando o problema ocorre em estabelecimentos comerciais, a atuação será de acordo com as normas infringidas.

"Pode culminar em uma interdição. A legislação sanitária é cautelar. É aquilo que se vê naquele momento, para impedir que não continue a infração", explica.

 

BM monitora redes sociais

Como o maior registro tradicionalmente de aglomeração é aos fins de semana, a BM monitora as redes sociais. Segundo Souza, a intenção da Polícia é agir antes que as festas irregulares aconteçam. Além disso, a corporação recebe informações da própria comunidade.

Conforme o comandante, há grupos que estão se refugiando na área rural, principalmente em chácaras. "O nosso foco é fazer com a festa não aconteça. Então estabelecemos ações de policiamento e visibilidade. É mais fácil coibir do que agir depois que está acontecendo", comenta.

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