Cinco semanas após o início da aplicação do modelo de distanciamento controlado no Estado, o governo anunciou, na tarde desta quinta-feira (11), mudanças no plano a partir da rodada de avaliação deste sábado (13). Três indicadores terão análises mais rigorosas e deixam o plano mais sensível, de acordo com o governador Eduardo Leite e a coordenadora do comitê de dados, Leany Lemos.
A primeira mudança tem relação com os pontos de corte. Nos casos de hospitalizações por Covid-19 entre as duas semanas avaliadas, há uma redução na quantidade de internações “permitida” para que a região permaneça com uma bandeira de baixo nível de risco. Já no critério dos leitos de UTI livre para a Covid-19 entre as duas semanas, o ponto de corte aumenta. Ou seja, quanto mais leitos livres, melhor será a classificação.
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Há alteração, ainda, na análise dos óbitos. O dado que verificava os óbitos por Covid-19 a cada cem mil habitantes muda para uma projeção de óbitos por Covid-19 para daqui a 14 dias. “Antes, ele refletia um adoecimento de semanas atrás, que gerou uma posterior internação e óbito. Agora, o indicador antecipa um pouco, para que a gente possa prever efeitos”, explica Leany.
A evolução de casos também passa por mudanças. Antes, era analisado o número de casos ativos no último dia antes da rodada de distanciamento, comparando com a quantidade de recuperados nos últimos 50 dias. Agora, muda para ativos na última semana. “Isso porque há um delay na atualização dos números. Como não conseguimos corrigir a defasagem, corrigimos no modelo”, pontua a coordenadora. A terceira mudança, neste mesmo quesito, diz respeito aos indicadores de capacidade de atendimento, que busca antever o colapso de leitos de UTI.
E, por fim, os gatilhos de segurança têm redução de trava para baixar a bandeira. Regiões que receberam a bandeira vermelha e preta precisarão de pelo menos duas semanas consecutivas com bandeiras menos graves para obter uma redução, com classificação de menor risco.