Sete indígenas da aldeia Kaingang Por Fi gá, localizada no bairro Feitoria, em São Leopoldo, testaram positivo para o novo coronavírus nesta quinta-feira (18). Conforme a prefeitura, 27 indígenas da comunidade, onde vivem 64 famílias, foram testados durante a tarde. A Secretaria Municipal da Saúde (Semsad) enviou uma equipe até a aldeia, depois que três Por Fi gá procuraram atendimento médico na rede municipal com sintomas gripais na quarta-feira (17). A aldeia tem 236 habitantes.
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Conforme o secretário municipal de Saúde, Ricardo Brasil Charão, os casos estão relacionados ao surto identificado em uma comunidade indígena de Porto Alegre. “Recebemos ontem um informe da Secretaria Estadual que havia teste positivo na comunidade indígena da Lomba do Pinheiro em Porto Alegre, e que este havia frequentado a aldeia leopoldense, somada à essa procura na nossa rede de saúde, rapidamente hoje já fomos com a equipe até lá, testamos os sintomáticos, encontramos sete casos positivos entre eles. Pela relevância do caso eu estive hoje a tarde na aldeia, conversei com o cacique José e o vice Cacique Antonio, orientamos sobre a importância do isolamento em suas casas, distribuímos máscaras, álcool gel e vamos seguir monitorando com toda a devida atenção”, disse o secretário.
Durante a tarde, mais uma equipe da Semsad esteve na comunidade junto com o secretário Charão onde foi realizada a entrega de máscaras de tecido, álcool em gel (ao menos uma garrafa para cada residência), álcool líquido 70% para higienização dos ambientes e reforçar as orientações quanto ao isolamento e suspensão de atividades coletivas, dentre elas, os cultos religiosos.
A situação está sendo acompanhada pelo Gabinete de Gestão de Crise Municipal, junto com lideranças da aldeia e da Secretaria de Desenvolvimento Social. Medidas mais restritivas são analisadas. O Centro de Operações em Emergência da Saúde (COE), ligado à Secretaria Estadual de Saúde, foi informada do caso, assim como o Ministério Público Federal.
Na próxima sexta-feira (19), a equipe do Centro de Testagem Municipal retorna até a comunidade indígena para dar continuidade ao trabalho de testagem. “No Decreto Municipal há a definição de, em casos de surtos identificados, testar todos os contatos, não apenas por amostragem. Além disso, vamos reforçar as orientações de isolamento, bem como prover atendimento médico e de enfermagem para sintomáticos”, reforçou o secretário Charão.
A comunidade ainda conta com um posto avançado de saúde permanente dentro da aldeia, assim como recebe quinzenalmente atendimento médico através da unidade móvel de saúde.