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Notícias | Especial Coronavírus Fim de semana de 'verão'

Com praias lotadas, prefeito de Tramandaí teme propagação da Covid-19

Segundo Luis Carlos Gauto, hospital da cidade tem apenas seis leitos Covid; região do litoral passou para a bandeira vermelha no distanciamento controlado

Publicado em: 22.06.2020 às 12:02 Última atualização: 22.06.2020 às 12:34

O prefeito de Tramandaí, Luis Carlos Gauto, conversou com a reportagem do Jornal NH e se mostrou bastante preocupado com o cenário da Covid-19 não apenas na cidade, como em todo o litoral norte. Isso, porque segundo ele, o fechamento dos estabelecimentos será um problema, que pode causar outros reflexos. "O fechamento é a pior coisa que podemos fazer. Embora necessário, pode gerar desemprego e as pessoas não vão entender", disse.

Segundo Gauto, por meio da Associação dos Municípios do Litoral Norte (Amlinorte), será feita uma cobrança ao Estado para o aumento no número de leitos de UTI no nas cidades do litoral. "Hoje, em Tramandaí, temos apenas seis leitos Covid. Desse total, tenho quatro pacientes que são aqui da região e dois que são da Grande Porto Alegre. Acho que o governo pode ter um outro olhar com relação a isso", explicou. 

Além disso, o aumento de pessoas no litoral, especialmente em finais de semana, tem causado preocupação. "É um problema muito sério. Esse fim de semana parecia verão aqui", ponderou. 

Tivemos barreiras sanitárias, com termômetros, com intuito de coibir pessoas que estivessem contaminadas e ter um monitoramento melhor sobre quem entra na cidade. Pedimos às pessoas para cuidar com relação às aglomerações e uso de máscara, mas infelizmente elas não escutam. Tivemos uma Avenida Beira-Mar que foi revitalizada, e isso faz com que as pessoas tenham interesse em utilizar o espaço", ponderou. Segundo ele, a população fixa não espera uma demanda tão grande de pessoas de fora como tem acontecido.

"Sabemos que muitos que chegam ao Litoral têm residências e casas aqui. Não podemos proibir, mas parece que quando chegam aqui esquecem todas as medidas sanitárias e de cuidados necessários para evitar a propagação do vírus", concluiu. "Talvez na sua cidade adotem as medidas, mas aqui na beira da praia, usam os espaços tomando chimarrão, por exemplo. Vamos tomar providências para evitar atividades coletivas", explicou.

O prefeito ainda explica que a ideia da Associação de comprar de leitos é avaliada. "Também passa por nós a ideia de cobrar o Estado do quanto será aplicado de recursos para  leitos aqui na região. Não podemos ficar eternamente na bandeira vermelha", disse. 

Alimnorte contesta classificação da bandeira

Ainda na noite de domingo (21), uma reunião entre representantes das cidades que integram a Amlinorte, levantou pontos que contestam junto ao governo a classificação de bandeira vermelha prevista para vigorar a partir de terça-feira (23). Uma das alegações é que o cálculo do Estado não considera o aumento da população da região, com demonstrações claras de que o movimento nas cidades litorâneas manteve o mesmo padrão comum dos meses de verão.

A revisão dos dados com base no fato de que pessoas de outras regiões estão internadas em hospitais do litoral norte, também interfere diretamente na conclusão do estudo que define a bandeira vermelha, segundo a Associação.

A Alimnorte moverá uma ação judicial contra o Estado com objetivo de garantir a contratação de mais leitos de UTI nos hospitais da região, dada a ocupação quase total dos leitos hospitalares. O Hospital de Tramandaí, por exemplo, está com 100% de ocupação na UTI Covid e 90% de ocupação na UTI.

A resposta do Governo será dada hoje, até às 14 horas, para definir se o Litoral Norte seguirá na bandeira vermelha ou retornará para a laranja.

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