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Notícias | Especial Coronavírus Pandemia

Três bairros concentram quase 40% dos casos leopoldenses de coronavírus

Feitoria, Arroio da Manteiga e Santos Dumont somam 410 testes positivos dos 1,1 mil do Município; Padre Reus é o único bairro capilé que não tem casos confirmados de Covid-19

Por Jean Peixoto
Publicado em: 02.07.2020 às 03:00 Última atualização: 02.07.2020 às 08:26

Praças de São Leopoldo foram interditadas para evitar a circulação de pessoas Foto: Diego da Rosa/GES
Dos 1.128 casos de Covid-19 registrados em São Leopoldo até a noite de ontem (1º), 13% (145) foram identificados em moradores da Feitoria, bairro que lidera o ranking municipal de infectados pela Covid-19. Em segundo lugar, aparece o bairro Arroio da Manteiga e, em terceiro, o Santos Dumont. Juntos, os três bairros concentram 410 casos de infecção pelo novo coronavírus, o que representa 36% dos infectados da cidade. Os dados são do Painel de Monitoramento Covid-19, plataforma lançada pela Prefeitura de São Leopoldo na segunda-feira, 29 de junho. A ferramenta tem como objetivo central, ampliar a transparência dos dados referentes à situação da pandemia no Município.

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De acordo com dados levantados no último censo demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2010, São Leopoldo conta com 213,8 mil habitantes. Destes, 36,8 mil são moradores da Feitoria, maior bairro do Município. Conforme o secretário de Saúde de São Leopoldo, Ricardo Brasil Charão, o elevado índice de casos no bairro Feitoria deve-se, essencialmente, a dois fatores: o surto na aldeia caingangue Por Fi Ga e a baixa adesão ao isolamento social. "Temos que lembrar sempre que a Feitoria é o maior bairro de São Leopoldo e a circulação de pessoas é muito maior. Só na aldeia caingangue foram registrados 22 casos de Covid-19. Foi um único surto, mas já fez com que o número de casos aumentasse", diz.

No Arroio da Manteiga, onde a população é superior a 21,5 mil habitantes, há 133 infectados pela Covid-19. Conforme Charão, o número de casos do bairro - que liderou o ranking até a detecção do surto na aldeia indígena, detectado em 18 de junho - está relacionado aos surtos nos frigoríficos da Serra gaúcha. "A maioria absoluta dos trabalhadores leopoldenses do Nicollini e do JBS moram no Arroio da Manteiga, Santa Marta e região", comenta.

Fião pode ter mais casos

Até a noite de ontem, o Centro contava com 98 casos confirmados. Para o secretário da Saúde, a grande quantidade de pessoas que circula pelo Centro explica, em parte, os números. Mas Charão reitera que, nessa conta, entraram os 66 detentos do Instituto Penal de São Leopoldo (IPSL), onde foi identificado um surto de coronavírus na terça-feira passada, 23 de junho. No entanto, ele reitera que o presídio está localizado no bairro Fião, e não no Centro, mas que os casos foram contabilizados dessa forma devido à orientação recebida do IPSL, que é administrado pelo Estado. Se estes casos fossem contabilizados conforme o endereço da casa prisional, o Fião, que hoje conta com apenas sete casos, ficaria com 73 registros e o bairro central passaria a ter apenas 32.

Contraste social

Charão destaca que o fator socioeconômico de cada bairro influencia diretamente nos números de casos. “Nos bairros mais periféricos há uma adesão menor com relação aos cuidados de prevenção. Ao mesmo tempo, são lugares que muitas vezes concentram espaços com pessoas que têm profissões que as colocam mais em risco, ou que dependem do transporte coletivo para se deslocar, diferente de quem pode andar protegido no seu carro”, destaca o secretário da Saúde.

Sexo, idade e estudo

Além da quantidade de casos por bairro, o Painel de Monitoramento Covid-19 de São Leopoldo traz dados específicos como o índice de contaminação por escolaridade no Município. Conforme a plataforma, 30,5% dos infectados leopoldenses têm apenas o Ensino Fundamental. Em segundo lugar, estão os casos de pessoas com escolaridade não informada, que representam 30,5%. Na sequência, aparecem os infectados com Ensino Médio, que representam 25,2% do total. Já os pacientes com Ensino Superior representam apenas 8,9% do total de infectados.

Um pequeno percentual, 2,1% dos pacientes são analfabetos. “A pandemia não é democrática”, pondera o secretário da Saúde. O painel apresenta também dados por sexo, nos quais 50,5% dos infectados são homens e 49,5% são mulheres. Na divisão por faixa etária, o maior percentual ficou entre vítimas entre 20 a 29 anos, que representam 23,57% total, seguidos daqueles de 30 a 39 (21,76%) e os pacientes de 40 a 49 (18,23%).

33 bairros de Sapucaia do Sul têm casos confirmados de coronavírus

O Vargas é o bairro com maior número de infectados, com 61 casos confirmados. O Pasqualini é o segundo, com 34 confirmados

Ação de Prevenção no bairro Vargas

Na sexta-feira passada (26), Agentes Comunitários de Saúde das Unidades de Saúde Vargas, Itapemirim, Colina Verde, São Cristóvão e Bela Vista, percorreram as ruas do bairro Vargas, que concentra o maior número de confirmados erm Sapucaia do Sul, e arredores, repassando informações importantes sobre a prevenção do novo coronavírus, a importância do isolamento social, além de efetuarem busca ativa de casos suspeitos, bem como acompanhamento dos casos positivados

Bairro São Jorge lidera número de casos em Portão

Conforme dados da Prefeitura, o bairro São Jorge é o líder de casos em Portão, com 21% dos confirmados, seguido pelo Centro, com 16%. Na sequência vêm o Rincão do Cascalho, com 10%, Portão Velho com 9% e Vila Rica com 8%. Dos 113 casos confirmados na cidade, 53% são homens e 47%, mulheres

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