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Notícias | Especial Coronavírus Outra semana no vermelho

"Estamos pagando o preço pela região" diz Vanazzi sobre permanência na bandeira vermelha

São Leopoldo, Sapucaia do Sul, Esteio, Portão e Capela de Santana devem continuar na classificação de risco alto por mais uma semana, conforme modelo de distanciamento controlado do Estado

Por Jean Peixoto
Publicado em: 03.07.2020 às 22:04 Última atualização: 03.07.2020 às 22:06

Mapa do distanciamento controlado do Estado Foto: Reprodução
Mais uma semana no vermelho. Esta é a perspectiva para os municípios da região de cobertura do Jornal VS - São Leopoldo, Sapucaia do Sul, Esteio, Portão e Capela de Santana – que novamente receberam a classificação de risco alto, conforme o modelo de distanciamento controlado do Estado. O prefeito de São Leopoldo, Ary Vanazzi, avalia que a cidade foi prejudicada por municípios vizinhos. “Se todos tivessem feito o que fizemos em abril, não estaríamos em bandeira vermelha. Isso vai custar muito caro para a região e, inclusive, para nós”, destaca.

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A divulgação dos dados da nona rodada preliminar do modelo estadual ocorreu na tarde desta sexta-feira (3). Conforme a Secretaria Estadual da Saúde (SES), metade das 20 regiões de saúde do Estado receberam bandeira vermelha. Os 10 municípios em risco alto reúnem 73,4% da população gaúcha. Na semana passada, apenas seis regiões estavam no vermelho, ou seja, 46,1% dos gaúchos. A outra metade dos municípios ficou em bandeira laranja, com risco médio. A região de Taquara, que estava há oito rodadas na bandeira amarela, de risco baixo, devido aos indicadores negativos da Macrorregião Metropolitana, saltou direto para a vermelha.

Como os municípios foram classificadas por duas semanas seguidas com risco alto, as regiões de Novo Hamburgo, que comporta São Leopoldo e Portão, e de Canoas, que agrega Sapucaia do Sul, Esteio e Capela de Santana, ainda que apresentassem indicadores positivos, não poderiam progredir de bandeira, sendo assim, obrigados a permenecer na vermelha.

São Leopoldo

Situado pelo Estado na região 7, de Novo Hamburgo, o Município capilé encerra a sexta-feira com 1.205 casos de Covid-19 e 22 óbitos relacionados à doença. Conforme a SES, a região 7 teve um aumento de 28% no registro de internações hospitalares para tratamento da Covid-19. De 71 hospitalizações na semana anterior, o registro subiu para 91.

O prefeito de São Leopoldo, Ary Vanazzi, destaca que a cidade poderia estar em processo de reabertura do comércio, mas não pode, devido à bandeira vermelha. “Eu poderia flexibilizar as medidas e reabrir o comércio, mas não posso, porque dependemos da região”, frisa.

Segundo o prefeito, a cidade está sendo prejudicada por municípios vizinhos que “não fizeram o dever de casa” e “mantiveram tudo aberto”. Ele reitera que convocou duas reuniões com prefeitos de municípios da região metropolitana e do Vale do Sinos para pleitear medidas conjuntas.

15 dias fechados

Uma proposta apresentada por Vanazzi aos colegas gestores de municípios vizinhos e encaminhada ao governador em uma carta assinada por ele, nesta sexta-feira, é o fechamento total por 15 dias. “Eu alertei que se não cuidássemos, entraríamos na bandeira preta. Sou solidário e adepto à tese de que temos que fechar tudo por 15 dias, para estancarmos a curva e começamos a flexibilizar conforme a diminuição dos casos”, conta. Segundo o prefeito, a ideia não foi acolhida por outros gestores municipais, por isso, foi encaminhada ao governador. Vanazzi diz, também, que a prefeitura vai discutir a situação do Município no domingo, mas não antevê novas medidas restritivas ou flexibilizações para a cidade.

Portão reforça conscientização

Para o prefeito de Portão, José Renato das Chagas (Renatinho), a permanência na bandeira vermelha já era esperada. Para conter o avanço da Covid-19 em Portão, que já contabiliza 121 casos confirmados, o prefeito vai reforçar a fiscalização nos espaços públicos. “Vamos ter divulgação com carro de som no fim de semana para pedir conscientização. Nas praças de Portão teremos fiscalização para tentar evitar as aglomerações”, afirma.

Renatinho comenta que, devido à distribuição regional do Estado, desde o início da pandemia, Portão tem dialogado, além dos municípios do Vale do Caí, com os municípios do Vale do Sinos. “Estivemos reunidos na prefeitura de Dois Irmãos na semana passada para discutir a situação”, pontua.

Falta de remédios e lotação máxima

O prefeito de Sapucaia do Sul, Luis Rogério Link, reagiu com surpresa à manutenção da bandeira vermelha, pois acreditava que a gravidade da situação levaria a região metropolitana para a preta. Conforme Link, o município sofre com a falta de medicamentos e lotação máxima. “Estamos com 100% dos leitos ocupados. Sete da UTI Covid e 10 de outras doenças. Estávamos com estoque de medicação somente até o final de semana. Hoje (sexta-feira) conseguimos fazer uma compra emergencial para mais sete dias”, ressalta.

Para deter a disseminação do vírus no município, Link comenta que será mantido o fechamento de todo o comércio não essencial sapucaiense aos finais de semana, pelo menos até o dia 13 de julho, e a fiscalização será intensificada.

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