Publicidade
Botão de Assistente virtual
Notícias | Especial Coronavírus Sapucaia do Sul

Lotação máxima e escassez de remédios preocupam no Hospital Getúlio Vargas

Estoque de medicamentos utilizados para tratar pacientes internados em leitos de UTI é suficiente para suprir apenas mais uma semana no Hospital Municipal Getúlio Vargas

Por JEAN PEIXOTO
Publicado em: 10.07.2020 às 03:00 Última atualização: 10.07.2020 às 08:15

Hospital Municipal Getúlio Vargas, de Sapucaia do Sul Foto: Diego da Rosa/Arquivo-GES
Há, pelo menos, sete dias, o Hospital Municipal Getúlio Vargas (HMGV), de Sapucaia do Sul, sofre com a lotação máxima, tanto nos leitos clínicos quanto nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). Conforme a plataforma de monitoramento do governo do Estado (www.covid.saude.rs.gov.br), os 17 leitos de UTI - 10 Adulto e sete reservados aos atendimentos relacionados à Covid-19 - de Sapucaia estavam ocupados ontem (9). Com relação aos leitos clínicos da área Covid, fora de UTI, a situação no hospital sapucaiense era ainda mais dramática, pois a lotação chegou a 128,6% da capacidade às 14h19, horário da atualização diária.

CONTEÚDO ABERTO | Leia todas as notícias sobre coronavírus

O diretor-geral da Fundação Hospitalar Getúlio Vargas (FHGV), Gilberto Barichello, atribui o crescimento das internações ao aumento da curva de contaminação do novo coronavírus. "O Brasil foi o único país do mundo que começou a flexibilizar as medidas quando a curva começou a aumentar. Isso foi um erro", ressalta. O gestor da FHGV relata que, na quarta-feira, dois pacientes precisaram de internação e não havia vagas no hospital. Conforme Barichello, os pacientes foram cadastrados no sistema da rede estadual de Saúde para serem atendidos.

Poucos remédios

O risco de faltarem medicamentos como sedativos, neuromusculares e anestésicos, utilizados no tratamento dos pacientes internados nas UTIs, também preocupa o diretor. "Estamos na fase de gestão de risco de alguns medicamentos utilizados no tratamento dos pacientes que estão em ventilação mecânica e precisam de medicação constante. Não faltou nesse momento, mas temos estoque de alguns para, no máximo, sete dias. Há uma apreensão por que poderá faltar."

Preços abusivos

O diretor explica que, assim como a FHGV, outras instituições públicas de diversos locais estão enfrentando, além da falta de medicamentos, preços abusivos aplicados sobre os produtos. "O que nós estamos pedindo é que a União intervenha no mercado e ajude a abastecer os hospitais. Há uma exploração do mercado sobre os preços. Temos medicações que são vendidas por alguns fornecedores a R$ 10 e por outros a até R$ 41. São medicações essenciais que podem definir quem vive ou morre. Ficamos reféns", lamenta. A Secretaria Estadual da Saúde anunciou ontem uma parceria com o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio Grande do Sul para tentar solucionar o empasse da falta de medicamentos.

Gostou desta matéria? Compartilhe!
Encontrou erro? Avise a redação.
Publicidade
Matérias relacionadas

Olá leitor, tudo bem?

Use os ícones abaixo para compartilhar o conteúdo.
Todo o nosso material editorial (textos, fotos, vídeos e artes) está protegido pela legislação brasileira sobre direitos autorais. Não é legal reproduzir o conteúdo em qualquer meio de comunicação, impresso ou eletrônico.