Depois de seis semanas na laranja, Serra volta para bandeira vermelha
O bloco liderado por Caxias do Sul pode adotar protocolos intermediários devido à cogestão; Amesne vai recorrer
Além de Porto Alegre, Erechim e Palmeira das Missões – três regiões que já estavam em bandeira vermelha e se mantiveram nesta rodada –, os indicadores apontaram piora em outras quatro regiões, entre elas o bloco liderado por Caxias do Sul.
Desde a 14ª rodada está vigente o modelo de cogestão, no qual as regiões Covid podem adotar protocolos menos restritivos à bandeira na qual estão classificados, mas no mínimo iguais à bandeira anterior. Este é o caso da Serra gaúcha, que teve o modelo intermediário - batizado como lilás - já aprovado pelo governo do Estado.
A adoção de protocolos alternativos não altera as cores do mapa definitivo, que será divulgado após análise dos recursos pelo Gabinete de Crise, na tarde de segunda-feira (14). A vigência das bandeiras da 19ª rodada começa terça-feira (15) e se encerra no próximo dia 21.
A Associação dos Municípios da Encosta da Serra (Amesne) encaminhará recurso ao Piratini para reverter a classificação e seguir os protocolos da bandeira laranja. Se o recurso não for aceito pelo Estado, os municípios da região que adotaram o modelo de cogestão poderão seguir regras mais brandas do que as determinadas pela bandeira vermelha.
Agravamento nos números
A região de Caxias do Sul, a qual engloba os municípios de Gramado e Canela, retorna à bandeira vermelha por agravamento especialmente em dois indicadores: de Incidência de Novos Casos e Capacidade de Atendimento mensurado para o Estado como um todo.
O indicador de hospitalizações confirmadas para Covid-19 registradas nos últimos sete dias na Serra obteve bandeira amarela, visto a redução de 8% nos registros no comparativo entre as semanas (127 na atual, frente a 117 na semana anterior). Porém, mesmo com esta redução, observa-se uma piora nos indicadores de internados em leitos de UTI por Covid-19, que passou de 62 para 69 pacientes e no número de internados por SRAG em UTI (de 91 para 95).
Os indicadores de incidência de novos casos sobre a população, calculado pelo número de hospitalizações confirmadas para o vírus em relação à população e pela projeção de óbitos em relação à população, mantiveram situação de maior risco: bandeira preta nos dois casos.
De acordo com o Gabinete de Crise do Estado, houve, ainda, aumento no número de registros de óbitos por Covid-19 entre as duas semanas, que passou de 24 para 33 perdas de vida nos últimos sete dias. Por fim, o número de leitos de UTI livres no último dia reduziu em 21% entre as duas semanas (de 78 para 62), conferindo-lhe bandeira vermelha nesse quesito.
