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Notícias | Especial Coronavírus Vacinado

Leopoldense já recebeu a primeira dose da vacina contra Covid-19 nos Emirados Árabes

Leandro Lima, 45 anos, é treinador de jiu-jitsu do exército e receberá a segunda dose no dia 31 de dezembro

Por Matheus Beck
Publicado em: 25.12.2020 às 16:11 Última atualização: 26.12.2020 às 10:43

Leandro Lima e Midian Almeida Foto: Acervo pessoal/Reprodução

A tão esperada vacina contra o novo coronavírus já está circulando no corpo de um leopoldense. Leandro Lima, 45 anos, formado em Educação Física, faixa preta em Jiu-jitsu, tomou a primeira dose no dia 9 de dezembro. Ela, entretanto, foi aplicada no Capilé em Al Ain, cidade que pertence à Abu Dhabi. Prestes a completar 6 anos de residência nos Emirados Árabes (será no dia 28 de dezembro), Leandro, que dá aula da arte marcial para o exército dos Emirados Árabes, está prestes a se imunizar de maneira completa com a coronaVac, vacina de origem chinesa. A segunda dosagem será aplicada ao educador físico no dia 31 de dezembro.

O especialista em jiu-jitsu reside na Ásia com a esposa cantora, Midian Almeida, 45 anos, - que será vacinada no domingo (27) - e os filhos Cássia e Isaac de Almeida Lima, que têm 5 anos. O leopoldense contou sobre o processo até ter recebido a primeira aplicação. “A minha dose foi essa mesmo, no dia 9 e a segunda no dia 31 (de dezembro). Aí eu fico com livre acesso para poder viajar, ir de emirado para outro emirado, trocar bem tranquilo. Só mostro o aplicativo mostrando que estou vacinado.”

Antes disso, as restrições eram grandes para circular pelo país. “Foi bem restrito. Tinha toque de recolher à noite, pra ir em mercado, pra sair tinha que pedir autorização. Foi bem chato, mesmo. Ficamos sem trabalhar todo o tempo da pandemia. Voltamos a trabalhar uns dois meses atrás, gradativamente, aulas com bastante proteção e está mais efetivo agora, voltando mais efetivamente.”

"Vai dar certo"

O leopoldense Leandro Lima já tomou a primeira dose da vacina produzida na China, a Coronavac Foto: Acervo Pessoal/Divulgação

A ligação com o exército o fez ser um dos primeiros a receber a vacina. No entanto, a família já percorre o caminho para também estar imune à Covid-19. “Tem bastante brasileiro. Aqui todo mundo está sendo vacinado com essa vacina, a coronavac. A expectativa é a melhor. Eu não acredito que possa dar algo errado. Acredito que vai dar certo e todo mundo vai conseguir voltar à rotina normal da vida.” Com a proximidade das aplicações de todos os cidadãos, Leandro conta que já há, inclusive, a expectativa de um 2021 com a volta da normalidade, inclusive do ensino dos filhos. “Na escola (filhos) não foram no tempo da quarentena. E depois, estão voltando gradativamente. Eles revezavam as turmas. Em dezembro chegou uma nota do governo que em janeiro (2021) todos vão voltar à escola.”

Esperança

Acompanhando o processo de imunização do marido, a cantora Midian se diz ansiosa para também realizar a vacina. "Minha expectativa, a princípio é muito positiva, embora, é claro, a gente tenha um pouco de medo. A gente ouve falar tanta coisa, que não foi testado direito. Mas essa vacina já está sendo testada aqui nos Emirados há bastante tempo. Não temos ocorrência de problemas com ela. Sobre se ela faz efeito ou não, só saberemos no resto da vida. Mas é uma esperança. É nisso que eu estou me baseando: na esperança."

Desde outubro, Midian trabalha como cantora em restaurante português localizado em Dubai. Por ser de Abu Dhabi, também enxerga na vacina uma necessidade, podendo ter o fluxo liberado entre os emirados.

Com asma e confiança na ciência

O leopoldense Leandro Lima já tomou a primeira dose da vacina produzida na China, a Coronavac Foto: Acervo Pessoal/Divulgação

"Eu me sinto obrigada a fazer a vacina, até pra poder me sentir mais segura também. Eu sou asmática. Faz muito tempo que não tenho episódios fortes. Mas sempre quando eu vou pra São Leopoldo, acabo tendo algum episódio de asma, mas aqui a gente não tem essa umidade", explica Midian. Sobre as polêmicas que envolvem a imunização chinesa, prefere não adentrar de maneira profunda. "A expectativa é excelente. Eu confio na ciência. Sou uma pessoa que tem um discernimento, não sou adepta a teorias da conspiração, apesar de ser bastante religiosa, eu acredito que vamos ter que passar por isso. São coisas do nosso tempo, então a vacina é algo que agente vai ter que seguir."

Meio de janeiro

Em 15 dias, Midian deve receber a segunda dosagem. Segundo ela, a obrigatoriedade da vacina não é tratada pelo governo, apesar de que, em alguns empregos, os administradores estejam incentivando os funcionários a buscarem. "A vacinação aqui é gratuita. Todos os cidadãos e co-cidadãos, que é o nosso caso, residentes, a gente se vacina gratuitamente e estamos sendo convidados a se vacinar."

Cristã, indica que pode ser uma condição divina acometida à humanidade e explicou que, as vacinas, inicialmente, não serão aplicadas às crianças. “Eu creio que Deus colocou isso na nossa vida por esse motivo. Era pra acontecer exatamente assim na minha concepção de vida não tem nada que não esteja debaixo da vontade de Deus. No domingo (27) eu devo fazer a minha primeira dose e estou bem otimista. Aqui não tem vacina pra criança, até porque não foi feito nenhum teste com criança. Imunizando os adultos, as crianças já ficam menos suscetíveis”, espera.

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