O governador Eduardo Leite convocou uma entrevista coletiva no final da tarde desta segunda-feira (1º) para falar sobre as verbas federais recebidas pelo Rio Grande do Sul para combater a pandemia da Covid-19.
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A manifestação foi motivada por uma publicação do presidente Jair Bolsonaro nas redes sociais na noite desse domingo (28) quando afirmou já ter repassado R$ 40 bilhões ao Estado, número que é contestado por Leite. Outros 18 governadores também contestaram os dados apresentados por Bolsonaro.
Em live, Leite ressaltou que, ao contrário do que foi apresentado pelo presidente, o Rio Grande do Sul não recebeu R$ 40 bilhões para aplicar no enfrentamento da pandemia, mas R$ 3,05 bilhões. Desse valor, R$ 2.149 bilhões foram para suprir as perdas e com utilização livre. Os recursos específicos para a saúde totalizaram R$ 826 milhões e há outros R$ 75 milhões para editais de repasse ao setor cultural.
Na sua manifestação, Leite fez críticas fortes em relação as publicações do governo federal em questionar as aplicações de recursos. "A intenção do presidente é causar confusão", ressaltou o governador. Ele destacou que neste momento, crítico da pandemia, o mais importante é a união, não o confronto. "Precisamos de vacina e não de conflito", pontuou o governador.
Uma das críticas que o governo do Estado tem recebido é que o Executivo utilizou valores para pagar os salários dos servidores em dia. Leite rebateu o comentário e disse que a quitação dos vencimentos em dia ocorreu em função de uma série de fatores, entre eles, a aprovação de reformas administrativa e previdenciária na Assembleia Legislativa. "Os salários terem sido colocados em dia foi o resultado de uma série de ações, e não foi dos recursos federais e muito menos do dinheiro da saúde", detalhou.
"Muita gente tem feito a sua parte. Mas o presidente tem feito muita confusão. É difícil entender a mente do presidente, mais ainda difícil entender o seu coração porque é uma questão de desumanidade", afirmou Leite que acrescentou “Um líder que despreza os cuidados sanitários está matando. É isso que está acontecendo nesse país. Não adianta evocar Deus, colocar acima de todos, porque Deus coloca a vida em primeiro lugar".
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