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CONTEÚDO ABERTO | Leia todas as notícias sobre o coronavírus
Na tentativa de agilizar a vacinação, os prefeitos que integram o Consórcio dos Municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre (Granpal) decidiram ontem dar continuidade a ideia de comprarem de forma independente, ou seja, sem depender do governo federal, as doses.
Compra
O grupo compraria um grande lote de um determinado laboratório, reduzindo o valor de cada dose, que sairia por 9 dólares. Seria uma forma de não esperar pelo Ministério da Saúde e de ter um gasto menor com a aquisição. Por enquanto, a empresa que está negociando com o consórcio é a russa Sputnik V. Para que tudo seja feito dentro da legalidade, hoje haverá reunião entre representantes da Granpal, do Tribunal de Contas do Estado e do Ministério Público.
Para o prefeito de São Leopoldo, Ary Vanazzi, a maior dificuldade deve ser aprovar a vacina russa na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). "A nossa ideia seria comprar 50 mil doses, mas acho que teremos impedimento político por conta do governo federal que poderá atrasar o processo de aprovação. Por isso não é bom criar expectativas." Já o prefeito de Sapucaia do Sul, Volmir Rodrigues, se mostrou mais otimista. "Estamos correndo atrás, estamos interessados e preocupados. Se tiver que comprar, vamos fazer isso, independente de qual laboratório for. Passou pela Anvisa, é vacina. Precisamos erradicar a doença."
São Leopoldo e Esteio também manifestaram interesse em participar de outro consórcio que está sendo organizado pela Federação Nacional dos Prefeitos (FNP). Além deles, outros 18 municípios gaúchos têm interesse. Já pelo Brasil, somam ao todo, 460 prefeituras. Os prefeitos, porém, têm até o dia 19 para se manifestarem ou não. Depois disso, a adesão precisa ser aprovada pela Câmara de Vereadores de cada município.
Na tarde de ontem, idosos que aguardavam pela vacinação na Antiga Sede da Unisinos, esperaram embaixo de chuva, já que não havia um local adequado para abrigá-los, o que acabou gerando uma pequena aglomeração. A aposentada Maria Luiza Fracasso, 77 anos, estava protegida pelo guarda-chuva, junto com uma amiga, enquanto aguardava ser chamada.
“Eu vim tomar a vacina, mas não sei se vai funcionar mesmo”, comentou ela que saiu dali vacinada e só precisa agora tomar a segunda dose. A aposentada Vilma Toniolo, 77, também fez a vacina. “Agora estou tranquila”, contou. Hoje a vacinação segue com aplicação da segunda dose para idosos e profissionais da saúde.
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