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Notícias | Especial Coronavírus Imunização

Pessoas com síndrome de Down começam a ser vacinadas contra a Covid em São Leopoldo

Outros grupos prioritários também já começaram a receber a primeira dose da vacina AstraZeneca

Por Isabella Belli
Publicado em: 29.04.2021 às 03:00 Última atualização: 29.04.2021 às 09:23

O casal de namorados Cristiano e Manuela recebeu a primeira dose da AstraZeneca nessa quarta-feira (28) Foto: Diego da Rosa/GES
São Leopoldo retomou a vacinação da primeira dose contra o coronavírus ontem em pessoas com síndrome de Down maiores de 18 anos, com deficiência permanente com idade entre 55 e 59 anos (pessoas que sofreram algum tipo de deficiência sem recuperação ou probabilidade de melhora com novos tratamentos) e em pessoas que nasceram em 1961, ou seja, que completarão 60 anos ainda em 2021.

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Por cerca de uma hora após a abertura dos postos, somente idosos chegavam ao local para se vacinar e, por volta das 10 horas, chegaram ao Largo Rui Porto as primeiras pessoas com síndrome de Down. Os namorados Cristiano Lourenço, 33 anos, e Manuela Magalhães, 29, foram juntos, de carro e com a família, receber a primeira dose contra o Covid-19.

Felicidade

Acompanhados da irmã da Manuela que estava ao volante, os dois que namoram há 2 anos e meio comemoraram a vacinação. "Demorou, porque por terem síndrome de Down e problemas cardíacos, esperávamos que eles seriam os primeiros a receberem a vacina, mas o sentimento nesse momento é de muita felicidade, com certeza", contou Fernanda Magalhães Takeda, 35, irmã de Manuela. Segundo ela, o casal sempre cumpriu com todos os protocolos de segurança e ano passado chegou a ficar três meses sem se ver. "Foi necessário para proteger os dois e as famílias", contou.

Para receber a dose, pessoas com síndrome de Down não precisam apresentar comprovante. Já quem tem deficiência permanente precisa levar o documento Benefício Assistencial à Pessoa com Deficiência (BPC).

Sem estoque

Enquanto isso, quatro das cinco cidades de abrangência do Jornal VS seguem com a vacinação da segunda dose suspensa. São Leopoldo, Sapucaia do Sul, Esteio e Portão ainda não têm uma previsão de quando a imunização será normalizada. A previsão é de que o governo federal envie novos lotes nos próximos dias. Seria na próxima semana, mas ainda não há uma confirmação do Ministério da Saúde de data ou dos quantitativos que virão para o RS.

A paralisação do complemento da vacina ocorreu após o estoque do imunizante Butantan/CoronaVac esgotar nos municípios.

A falta da vacina estaria sendo causada por dois fatores: a falta do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), vindo da China necessário para a fabricação da vacina no Brasil pelo Instituto Butantan e a orientação dada pelo próprio Ministério da Saúde, em 21 de março, para que usassem como primeira dose todo o estoque que estava sendo guardado para a segunda dose.

"A preocupação é grande, principalmente porque não temos nenhuma informação oficial sobre a chegada de novas doses. Não sabemos o que vai acontecer para completar a imunização", ressaltou o secretário de Saúde de São Leopoldo, Marcel Frison.


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